Tiempo de desespero: interrupción del proceso analítico

Autores/as

  • Candice Campos Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)/International Psychoanalytical Association (IPA)
  • Fernanda Crestana Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)/International Psychoanalytical Association (IPA)
  • Luciane Falcão Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)/International Psychoanalytical Association (IPA)

Palabras clave:

Identificación con el agresor, Destructividad, Proceso analítico, Fracaso terapéutico

Resumen

Este artículo pretende reflexionar sobre la cuestión de la destructividad en el campo analítico a través de algunos aportes teóricos y clínicos. Cierto número de pacientes fuertemente traumatizados presentan esa destructividad de manera intensa, de modo que la violencia y la agresividad se vuelven elementos activos en los procesos de transferencia del paciente al analista y del analista al paciente. Percibimos aquí un engranaje psíquico en el que la identificación con el agresor es un aspecto predominante. A través de la compulsión a la repetición, esta identificación se vuelve a presentar en la escena analítica, abriendo espacio para que las experiencias traumáticas primitivas se hagan presentes en el campo analítico. En un principio, el analista ocupa pasiva y silenciosamente el lugar que alguna vez fue del paciente que, antes de tener un aparato psíquico capaz de lidiar con esta pulsión y haber vivido un proceso de subjetivación, sufrió pasivamente la violencia primitiva en la relación con el objeto que debería ser protector. Sin embargo, tal violencia también está presente en el psiquismo del analista, bloqueando su capacidad transformadora, y esta conjunción potencia el camino al fracaso terapéutico. En fin, nos parece fundamental pensar que el mismo psicoanálisis también experimenta sus reveses, sus ilusiones y sus desengaños.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Candice Campos, Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)/International Psychoanalytical Association (IPA)

Membro aspirante da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)/International Psychoanalytical
Association (IPA).

Fernanda Crestana, Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)/International Psychoanalytical Association (IPA)

Membro aspirante da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)/International Psychoanalytical
Association (IPA).

Luciane Falcão, Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)/International Psychoanalytical Association (IPA)

Psicanalista, membro efetivo e analista didata da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)/International Psychoanalytical Association (IPA), professora do Instituto de Psicanálise da SPPA/IPA.

Citas

Abraham, N. & Törok, M. (1995). A casca e o núcleo. São Paulo: Escuta. (Trabalho original publicada em 1987)

Badaracco, J.E. (1986). La identificacion y sus vicisitudes en la psicosis. La importancia del concepto objeto enloquecedor. In Libro Anual de Psicoanálisis, [S.l.:s.n.], p. 217-227.

Bertrand, M. (2009). L’identification à l’agresseur chez Ferenczi. In RFP, T. LXXIII, (pp. 11-20). (S.l.: s.n.).

Bion, W. (1962). Learning from experience. London: Tavistock.

Bion, W. (1988). Ataques à ligação. In Estudos psicanalíticos revisados, (p. 87-100). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1959)

Botella, C. et al. (2001). La figurabilite psychique. Suisse: Delachaux et Nestlé.

Botella. S. (2020). Le « perceptif » en psychanalyse. Revue Française de Psychanalyse, 85(3), 765-78.

Cabré, L.J.M. (2019). O conceito de introjeção e sua evolução na teoria de Ferenczi. Revista de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre, 26(3), 587-601.

Cupa, D. & Pirlot, G. (2012). Andre Green: les grands concepts psychanalytiques. Paris: PUF.

Falcão, L. (2014). Cem anos de narcisismo: aquém da psicanálise e além de Freud. Revista Brasileira de Psicanálise, 48(3), 41-56.

Falcão, L. (2015). Death drive, destructive drive and the desobjectalizing function in the analytic process. Int. j. psycho-anal., 96, 459-476.

Falcão, L. (2017). O ódio, a nova ação psíquica e a progressiva complexidade narcísica. In Revista de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre, 24(3), 545-569.

Falcão, L. (2018). Eu sou o mal: pulsão de morte, destrutividade e o retorno dol estado anterior segundo René Roussillon. In Tanis, B. & Rocha, E. (Org.). Roussillon na América Latina, (pp. 163-176). São Paulo: Blucher.

Ferenczi, S. (1912). El Cconcepto de introyección. In Ferenczi, S. Obras Completas, (Tomo I). Madri: (s.n.).

Ferenczi, S. (1990). Diário clínico. São Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1932)

Ferenczi, S. (1992). Confusão de língua entre os adultos e a criança. In Ferenczi, S. Obras completas Sándor Ferenczi, (Vol. 4, pp. 97-106). São Paulo: Martins Fontes. (Trabalho original pulicado em 1933)

Ferruta, A. (2009). Tensions entre théorie et technique dans l’utilisation clinique du concept d’identifcation à l’agresseur. In RFP, T. LXXIII, (pp. 57-67). (S.l.: s.n.).

Freud, S. (1938). Conclusões, ideias, problemas. In Freud, S. Obras completas, (Vol. 19). São Paulo: Companhia das Letras.

Freud, S. (2004). Pulsão e destino das pulsões In Escritos sobre a psicologia do inconsciente, (Vol. 1, Tradução de L.A. Hans). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1915)

Freud, S. (2011). A psicologia das massas e análise do eu. In Freud, S. Obras completas, (Vol. 15, pp. 14-113). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1921)

Freud, S. (2014). À guisa de introdução ao narcisismo. In Escritos sobre a psicologia do inconsciente, (Vol. 1, Tradução de L.A. Hans). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1914)

Green, A. (1972). Nota sobre os processos terciários. In Revue Française de Psychanalyse, 36(3).

Green, A. (1974). La folie privée: psychanalyse des cas-limites. Paris: Gallimard.

Green, A. (1983a). Narcisismo primaire: estructura ou état? In Narcisisme de vie, narcisisme de mort. Paris: Minuit. (Trabalho original publicado em 1967)

Green, A. (1983b). Narcissisme de vie, narcissisme de mort. Paris: Minuit. (Trabalho original publicado em 1967).

Green, A. (1983). Un autre, neutre: valeures narcissiques du même. In Narcisisme de vie, narcisisme de mort, (pp. 31-79). Paris: Minuit. (Trabalho original publicado em 1976)

Green, A. (1984). La langage dans la psychanalyse. Paris: Le Belles Lettres. (Trabalho original publicado em 1983)

Green, A. (1990). L’analyste, la symbolisation et l’absence dans le cadre analytique. In La folie privée, (pp. 63-102). Paris: Gallimard. (Trabalho original publicado em 1974)

Green, A. (1993). Le travail du negatif. Paris: Minuit.

Green, A. (2002a). Analité primaire. In La pensée clinique. Paris: Odile Jacob.

Green, A. (2002b). Idées directrices pour une psychanalyse contemporaine. Paris: PUF.

Green, A. (2002c). La mort dans la vie. In La pensée clinique. Paris: Odile Jacob.

Green, A. (2007a). Pulsions de destruction et maladies somatiques. Revue Française de Psychosomatique, 2(32).

Green, A. (2007b). Porquoi les pulsions de destruction ou de mort? Paris: Du Panamá.

Green, A. (2010). Illusions et désillusions du travail psychanalytique. Paris: Odile Jacob.

Green, A. (2011). Les cas limite. De la folie privée aux pulsions de destructions et de mort. Revue Française de Psychanalyse Française, 2, p. 375-390.

Guellec, L.Y. (2009). Identification de force en recherche de sens. In RFP, T. LXXIII, (pp. 37-55). (S.l.: s.n.).

Milner, M. (1952/1991). O papel da ilusão na formação simbólica. In A loucura suprimida do homem são: quarenta e quatro anos explorando a psicanálise, (pp. 89-116). Rio de Janeiro: Imago.

Roussillon, R. (1999). Agonie, clivage et symbolisation. Paris: PUF.

Roussillon, R. (2004) Agonia e desespero na transferência paradoxal. Revista de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre, 11(1), 13-33.

Roussillon, R. (2008). La réflexivité, le transitionnel et le sexuel. Paris: Dunod, 2008.

Roussillon, R. (2009). La destructivité et les formes complexes de la «survivance» de l’objet. Revue Française de Psychanalyse, 4, 1005-1022.

Roussillon, R. (2012). O desamparo e as tentativas de solução para o traumatismo primário. Revista de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre, 19(2), 271-295.

Roussillon, R. (2014). O trauma narcísico-identitário e sua transferência. Revista Brasileira de Psicanálise, 48(3), 187-205.

Roussillon, R. (2016). Destructivité et exaltation: la destructivité et la deception narcisique. (Conferência proferida no Colloque BB-Ado), França.

Roussillon, R. (2023). O narcisismo e a análise do Eu: conferências de René Roussillon. São Paulo: Blucher.

Scarfone, D. (2014). L’impassé, actualité de l’inconscient. Revue Française de Psychanalyse, 78(5), 1357-1428.

Winnicott, D. (1969). Les aspects métapsychologique et cliniques de la régression au sein de la situation analytique. In De la pediatrie à la psychanalyse. Paris: Payot. (Trabalho original publicado em 1954)

Winnicott, D. (1975). O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1971)

Winnicott, D. (1982). O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Artes Médicas. (Trabalho original publicado em 1979)

Publicado

2023-06-22

Cómo citar

Campos, C., Crestana, F., & Falcão, L. (2023). Tiempo de desespero: interrupción del proceso analítico. Revista De Psicoanálisis De La SPPA, 30(2), 389–412. Recuperado a partir de https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1161

Artículos más leídos del mismo autor/a

1 2 > >>