Revista de Psicanálise da SPPA
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<p>A Revista de Psicanálise da SPPA é editada desde outubro de 1993 pela <a href="http://sppa.org.br/">Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre</a>, filiada à Associação Psicanalítica Internacional – IPA, sendo um periódico quadrimestral dirigido a pesquisadores, professores, profissionais e estudantes da área de psicanálise. A partir de 2020, ela aderiu ao sistema de publicação em fluxo contínuo. Podem ser submetidos artigos científicos que seguem altos padrões no cuidado editorial dos textos, apresentados nos idiomas português, espanhol, inglês, francês, alemão e italiano, com os requisitos de serem inéditos e originais no Brasil, elaborados em conformidade ao direito do autor e não submetidos ao mesmo tempo a avaliações em outras revistas nacionais.</p>Sociedade Psicanalítica de Porto Alegrept-BRRevista de Psicanálise da SPPA1413-4438<p><span class="VIiyi" lang="pt"><span class="JLqJ4b ChMk0b" data-language-for-alternatives="pt" data-language-to-translate-into="es" data-phrase-index="0"><span>Atribuo os direitos autorais que pertencem a mim, sobre o presente trabalho, à SPPA, que poderá utilizá-lo e publicá-lo pelos meios que julgar apropriados, inclusive na Internet ou em qualquer outro processamento de computador.</span></span></span></p><p><em><span class="VIiyi" lang="en"><span class="JLqJ4b ChMk0b" data-language-for-alternatives="en" data-language-to-translate-into="pt" data-phrase-index="0">I attribute the copyrights that belong to me, on this work, to SPPA, which may use and publish it by the means it deems appropriate, including on the Internet or in any other computer processing.</span></span></em></p><p><em><span class="VIiyi" lang="en"><span class="JLqJ4b ChMk0b" data-language-for-alternatives="en" data-language-to-translate-into="pt" data-phrase-index="0"><span class="VIiyi" lang="es"><span class="JLqJ4b ChMk0b" data-language-for-alternatives="es" data-language-to-translate-into="pt" data-phrase-index="0">Atribuyo los derechos de autor que me pertenecen, sobre este trabajo, a SPPA, que podrá utilizarlo y publicarlo por los medios que considere oportunos, incluso en Internet o en cualquier otro tratamiento informático.</span></span></span></span></em></p>Palavra de abertura
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Marli Bergel
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2025-10-142025-10-14323Editorial
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Ana Cristina Pandolfo
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2025-11-042025-11-04323A pessoa e a função analítica ampliada: sua relação com a contratransferência e o arcaico
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1435
<p>O autor argumenta que a função analítica atual não só implica uma posição de suposto saber, mas inclui também os afetos do analista, com seus efeitos de ligação e desligamento; e mais ainda, o inconsciente inédito da pessoa do analista, que é feito vibrar pelo inconsciente do analisando. Enfatiza que neste aspecto do inconsciente não analisado do analista, está a possibilidade de descobrir o novo na análise, o germe de novos desenvolvimentos teóricos que, indubitavelmente, partem da prática clínica e se expressam nas novas funções do analista.</p>Norberto C. Marucco
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2025-10-242025-10-24323Os excessos do contemporâneo e a constituição da subjetividade
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1449
<p>O autor descreve o que pode ser considerado como contemporâneo, destaca os principais excessos que podem ser observados atualmente, examina alguns aspectos da dificuldade de comunicação entre as gerações e comenta de que maneira tais fenômenos podem ser observados na relação analítica.</p>Cláudio Laks Eizirik
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2025-11-042025-11-04323Os excessos do contemporâneo e a constituição da subjetividade
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1425
<p>O desenvolvimento do psiquismo humano ocorre através do contato com a realidade e da capacidade de recebermos e selecionarmos estímulos. Atualmente, o contato permanente, em tempo real, com fatos de todas as latitudes exige um esforço intenso para compreendermos o mundo. Porém, o excesso de realidade pode dificultar a preservação do necessário espaço para as fantasias e para a ilusão, levando à modificação na economia da atenção e à hiperatividade. Como resultado desse fenômeno, assistimos à restrição do espaço para a contemplação e ao aumento da ânsia produtiva ou, como define Han (2017), a sociedade do desempenho. Frente a tal constatação, o presente artigo propõe que pensemos a subjetividade contemporânea marcada pela influência de um intenso conflito entre um Ideal de Ego cultural, com elevadas exigências de produção e desempenho, e um Ego sobrecarregado por estas demandas. Como resultado, teríamos uma espécie de melancolia coletiva e o decorrente quadro de defesas maníacas.</p> <p> </p>Zelig Libermann
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2025-10-152025-10-15323O traumático no arcaico
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1444
<p>O presente artigo objetiva uma reflexão sobre o arcaico na vida fetal, no nascimento e no pós-nascimento, baseado em material desenvolvido através do Método Bick clássico de observação de bebês e com a aplicação de referido método em mulheres grávidas em exames ultrassonográficos. Merece destaque o potencial da experiência emocional pela aproximação cautelosa do observador com o encontro do feto e do bebê nascido com sua mãe ao vivo, além de testemunhar essa versão <em>in loco</em> durante o período arcaico do seu desenvolvimento.</p>Nara Amália Caron
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2025-11-042025-11-04323O traumático na infância
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1427
<p>O autor apresenta uma reflexão sobre os efeitos do traumático na infância. Faz uma breve síntese do conceito de trauma na obra de Freud (1895/1987, 1896/1987, 1897/1987, 1905/1987, 1920/1987), desde sua tese original da teoria da sedução generalizada até desembocar no conceito de fantasia inconsciente, atenuando a importância da realidade material do trauma, que, posteriormente, pôde ser retomada pelos estudos de Ferenczi (1933/1992), Balint (1968/2014), Winnicott (1963/1994, 1979/2000), entre outros. São ressaltados aspectos que tornam os traumas na infância potencialmente mais desestruturantes e perigosos do que os da idade adulta, devido à menor capacidade egóica da criança. É apresentado um material clínico no intuito de articular o traumático no calor da situação transferencial, a partir do trabalho com uma menina de 11 anos, vítima de maus-tratos e abuso sexual na infância precoce. É enfatizada a importância do analista empatizar com a criança vítima de traumas graves e, em especial, de sobreviver, a fim de que um vínculo mais confiável e verdadeiro possa ser estabelecido.</p>Emílio Salle
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2025-10-172025-10-17323O traumático na adolescência: rupturas e construções
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1428
<p>O trabalho discute a adolescência sob a ótica do traumático, compreendido não apenas como eventos extremos, mas também como silêncios, ausências e falhas de simbolização. A partir de três narrativas — um menino tomado pelo descontrole corporal, um grupo de jovens em situação de violência social e a adolescência na era digital —, articula-se a experiência subjetiva do adolescer com a teoria psicanalítica. Mostra-se como as transformações corporais, a irrupção da sexualidade e as exigências do meio podem fragilizar a coesão psíquica e reativar experiências arcaicas, abrindo espaço para o traumático. Ao mesmo tempo, ressalta-se o potencial criativo da adolescência e a importância da presença do outro — pais, comunidade, analistas — como continentes capazes de oferecer escuta, simbolização e reintegração. O texto propõe que o traumático na adolescência, inevitável em certa medida, pode ser transformado em possibilidade de desenvolvimento quando encontra um espaço de reconhecimento e vínculo.</p>Magali Fischer
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2025-10-172025-10-17323Transformações e não-transformações do trauma e os pensamentos-prótese
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1446
<p>A partir de um caso clínico, o autor procura ilustrar a evolução da “linguagem” de um paciente com insuficiências de simbolização, desde o que foi chamado de “linguagem do ato” até a “linguagem de êxito”, quando foi capaz de encontrar formas simbólicas para começar a transformar experiências traumáticas primitivas. Ademais, por entender o trauma como aquilo que não pode ser transformado simbolicamente e inserido no tecido psíquico, propõe que vivemos “microtraumas” ao longo da vida, pois há sempre um montante de novas experiências emocionais a serem transformadas em representações simbólicas. Da mesma forma, é preciso que o analista se deixe “microtraumatizar” na sessão para poder dar pensabilidade às experiências emocionais compartilhadas com seu paciente.</p>Ruggero Levy
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2025-11-042025-11-04323Transformações do traumático
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1447
<p>O presente texto aborda as possibilidades de transformações de experiências traumáticas. Para tanto, a autora propõe a necessidade de o analista perceber se está diante de um traumatismo primário ou secundário. Com o intuito de ampliar a discussão, a autora traz breves contribuições teóricas de autores contemporâneos sobre o tema, bem como suas formas distintas de identificar, nomear e trabalhar o traumático e suas possibilidades de transformação. O texto levanta várias questões sobre o tema, entre elas se a transformação do trauma não iniciaria na mente/corpo do analista, já que a compreensão da contratransferência é fundamental para que o analista identifique o nível do traumatismo do paciente e possa perceber suas transformações para, consequentemente, trabalhar a experiência traumática.</p>Claudia Giacomet De Carli
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2025-11-042025-11-04323Transformações do traumático
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1448
<p>O trabalho apoia-se no entendimento sobre o papel essencial da mente do analista como uma ferramenta da técnica analítica fundamental para que, através de seus próprios aspectos traumáticos, ele possa ter acesso ao conteúdo equivalente no paciente. Parte de uma vivência da autora frente à instalação do artista Christoph Büchel, exposta na Fundação Prada, na 60ª Bienal de Arte de Veneza, que ocorreu em 2024. A autora convida os leitores a acompanhá-la em sua viagem pela exposição e nos processos que percorreu em sua mente, e, por fim, convida-os a fazer reflexões sobre o processo analítico. Frente ao impacto psíquico dos excessos, como os presentes na instalação, argumenta que, nesse processo, o analista será envolvido com todo seu ser, o qual poderá fazer ligações, tornar inteligível, representar ou contar uma história ao que, até então, era uma massa homogênea, sem forma, o irrepresentável.</p>Neusa Knijnik Lucion
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2025-11-042025-11-04323A travessia do corpo-mente: uma estrada sinuosa
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1420
<p>A proposta do presente trabalho recai sobre o trajeto pulsional, partindo de uma energia livre sob a forma de quantidade, ou seja, o corpo somático, o corpo das necessidades. É com a possibilidade de ligação dessa energia sob a forma de qualidade que se chega ao corpo erógeno, aquele dos desejos. Articula-se a etiologia das zonas psicossomáticas com um excesso de excitação, o qual é descarregado sobre o corpo, um obstáculo ao trajeto representacional. Em contrapartida, são apresentadas ideias e hipóteses para que a inscrição representacional possa ocorrer no aparelho psíquico do sujeito.</p>Katia Wagner Radke
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2025-10-132025-10-13323Reflexões sobre os destinos do traumático: somatizações
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1432
<p>Proponho-me a debater algumas ideias sobre a Psicossomática, com a finalidade de compreendermos por que, muitas vezes, as doenças orgânicas são resultado de um intrincado complexo traumático de origem emocional. Detenho-me basicamente no estudo das somatizações, mas, ao final, também coloco alguns aspectos em que estas se diferenciam das conversões e da hipocondria.</p>Lúcia Thaler
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2025-10-222025-10-22323Transtornos alimentares como destino das traumatizações: uma visão contemporânea
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1433
<p>Na contemporaneidade psicanalítica, compreendemos o fenômeno do trauma como um processo que, ante a um evento atual desencadeante, desvela fraturas no desenvolvimento psíquico do indivíduo, oriundas de traumatizações vicariantes que ocorrem ao longo deste desenvolvimento. Em decorrência de condições adversas das interações interpessoais e das relações objetais parciais infantis, o eu infantil reage com processos de cisão e fragmentação da experiência de si mesmo (<em>Self</em>). Desse modo, o processo psicanalítico contemporâneo integra a compreensão da complexidade do fenômeno humano nesse interjogo de relações interpessoais e relações de objeto intrapsíquicas ocorridas no encontro da dupla analista/analisando que se desenrola no campo psicanalítico.</p>Cesar Luís de Souza Brito
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2025-10-222025-10-22323Conjecturas sobre a adição ao objeto
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1421
<p>A autora parte de conjecturas sobre o trauma e a questão aditiva, tomando por base acontecimentos clínicos na sua prática. Apresenta alguns exemplos de suas vivências na sala de análise, as quais passam por ajustes de modo a respeitar o sigilo das vozes que emprestam os próprios conflitos para o estudo da psicanálise. Além da compreensão e dos questionamentos relatados, apresenta ligações teóricas implícitas, acrescidas de contribuições da teoria freudiana, chegando a autores mais atuais, como é o caso de Marucco (2023) e Roussillon (2023, 2024).</p>Heloisa Cunha Tonetto
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2025-10-132025-10-13323Atos, actings & violência: alguns destinos do trauma
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1431
<p>O texto descreve brevemente os conceitos de trauma nas obras de Freud e de Ferenczi, buscando enfocar os destinos do traumático, em particular quando a desmentida é entendida como fator fundamental na configuração do trauma. Dentre as diversas consequências e soluções que o indivíduo encontra para lidar com o trauma, o texto se concentra nos atos, atuações ou <em>actings </em>e violências. O caso Dora é citado como exemplo de uma atuação, quando ela sofre a desmentida por parte de Freud. Além de Dora, outros dois exemplos clínicos ilustram a proposta do texto.</p>Anette Blaya Luz
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2025-10-222025-10-22323Pensando a criatividade e o trauma: entre o ser e o fazer
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1422
<p>Para pensar a criatividade como destino do traumático, a autora parte do estabelecimento da diferença entre criação e criatividade, discriminação que não se fazia presente no pensamento de Freud, o qual relacionava a origem da criatividade ao conflito. Prioriza as concepções de Donald Winnicott) e Christopher Bollas, autores que identificam a criatividade como potência vital a ser desenvolvida através das primeiras trocas com o ambiente. Para eles, o traumático se insere quando ocorre uma quebra na continuidade do processo de constituição do sujeito, impedindo o desenvolvimento do potencial criativo. A autora diferencia os traumas que ocorrem nos períodos iniciais de um bebê, tempo do desabrochar da criatividade primária, daqueles traumas vivenciados em períodos posteriores. Nestes últimos, recursos criativos como a arte, a literatura, entre outros, poderão ser mais facilmente encontrados como destinos do traumático. Ilustra o tema com o testemunho da vida e da obra da escultora francesa Louise Bourgeois.</p>Luisa Maria Nunes Vieira Rizzo
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2025-10-142025-10-14323Trauma e depressão na contemporaneidade: de qual tipo de trauma se fala? E de qual depressão? E o que há de contemporâneo?
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1430
<p>O autor propõe que o trauma que pode se relacionar a certas manifestações depressivas na contemporaneidade seja o traumatismo narcísico-identitário, originado na relação primária de espelhamento, conforme descrito por Winnicott (1967/1971) e depois desenvolvido por muitos, destacando-se Green e Roussillon. Uma concepção intersubjetiva da inveja como defesa é apresentada nesse contexto. Alguns aspectos coletivos de tal processo no presente são pensados a partir das propostas de Bollas (2018) quanto à resposta maníaca diante da perda de valores humanos em crescimento desde a “era Trump”. Em relação às manifestações mais contemporâneas desse processo, o autor primeiro apresenta a crítica feita por estudiosos contra a tendência catastrofista dirigida às novas gerações. Sugere que se trata da repetição de um velho padrão de difamação do novo e da idealização do passado como defesa narcisista contra a percepção do envelhecimento e da mortalidade, justificando assim porque não vai seguir tal caminho. Em seguida, a postura de Britton (2021) de <em>PS (n+1)</em>, reiterada recentemente a favor de uma atitude mental aberta à integração entre psicologia e neurociência, disposta à incerteza e a se desfazer de bagagem desnecessária enquanto reconhece a unidade do conhecimento, é valorizada como epistemologicamente muito atualizada. Dentro desse paradigma, são apresentados os desenvolvimentos de Karl Friston et al. (2024) quanto à compreensão do psiquismo como um sistema complexo auto-organizado através dos envoltórios de Markov, os quais diferenciam o meio interno e constroem representações informacionais do externo como forma de postergar a extinção pela entropia.</p>Maurício Marx e Silva
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2025-10-222025-10-22323Trauma, depressão e melancolia na atualidade
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1401
<p>O artigo aborda a questão do trauma e suas interligações com a depressão e a melancolia na atualidade. O ponto de partida é o trabalho clássico de Freud, <em>Luto e melancolia </em>(1915[1917]), com posterior contribuição de algumas ideias Kleinianas. No entanto, o que confere singularidade ao texto é a obra da escritora russa Svetlana Aleksièvich, <em>As últimas testemunhas: crianças na segunda guerra mundial </em>(2004), que funciona como elemento ilustrativo e enriquecedor da argumentação. Ao final são tecidas algumas considerações sobre o tema do trauma e os possíveis destinos depressivos e/ou melancólicos na contemporaneidade, questionando-se em que medida, na cultura atual, o ser humano consegue ainda desfrutar não somente de um espaço de quietude, mas também de um espaço de palavra aliado a um entorno afetuoso, que sejam potencialmente favorecedores de condições para a elaboração de eventuais traumas e seus destinos patológicos.</p>Cátia Deon Dall'Agno
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2025-10-132025-10-13323Reflexões psicanalíticas sobre o traumático em situações de vulnerabilidade social
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1423
<p>O artigo explora o papel das Rodas de Conversa (RC) como um recurso valioso para o acolhimento e elaboração de traumas em uma escola da periferia de Porto Alegre. Através do relato de uma educadora, o estudo aborda um caso de maus-tratos sofridos por um menino de 6 anos e demonstra como as RCs facilitam a expressão de vivências dolorosas, a simbolização e a construção de vínculos saudáveis na comunidade escolar. Conclui-se que as Rodas de Conversa são ferramentas essenciais para transformar o sofrimento em narrativas integradas e para promover a resiliência coletiva.</p> <p> </p>Flávia Friedman MaltzMagaly WainsteinAndréa Andrade EtzbergerAlice Becker LewkowiczCarmem Emília KeidannDébora Zaffari LoraDenise Vivian LahudePaula Lubianca SafferRosangela CostaSuzana Deppermann Fortes
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2025-10-142025-10-14323Rodas nas esferas do trauma social
https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1445
<p>O artigo apresenta uma experiência psicanalítica realizada por meio de Rodas de Conversa com adolescentes participantes de um Projeto Social. A partir das narrativas coletivas e produções criativas, emergiram elementos de trauma, violência, exclusão e racismo estrutural. A construção compartilhada de uma história fictícia revelou a repetição de cenas violentas que remetem às vivências reais dos participantes, marcadas por desigualdades e silenciamentos. Destaca-se a luta pela sobrevivência por parte dos adolescentes em meio à precariedade das condições de vida e institucionais, bem como a função clínica do testemunho na condição de escuta e validação do sofrimento. O trabalho das analistas é atravessado por tensões éticas e afetivas, e evidencia a importância do tempo de elaboração para a escuta do “insuportável”. A retomada do tema do racismo permitiu a emergência de falas silenciadas, tornando possível uma intervenção que rompe com a lógica da repetição e permite pequenas fissuras no trauma. </p> <p> </p>Célia StadnikJosênia Heck MunhozIvani Teresinha BressanMaria Elisabeth CimentiNatalia Soncini
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2025-11-042025-11-04323