A pulsão de morte na dinâmica transferencial
DOI:
https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v19i1.594Palavras-chave:
Pulsão de morte, Transferência, Contratransferência, Trabalho analítico, Função desobjetalizante, Biologismo em Freud, Par sujeito/ objeto, LigaçãoResumo
O autor propõe reflexões sobre o papel da pulsão de morte na transferência. Demonstra como essa pulsão age na análise, construindo um paralelo entre a formação do aparelho psíquico e o trabalho analítico. Descreve como esse trabalho está permanentemente intrincado com a questão da dualidade pulsional. Articula questões teóricas embasadas em pensamentos da psicanálise francesa contemporânea. Retoma o conceito de pulsão de morte e sua importância no edifício metapsicológico freudiano. Discute a questão referente ao que significa o estado anterior e o biologismo de Freud. Essas reflexões levam a refletir também sobre a função desobjetalizante na dinâmica da transferência e o par sujeito e objeto, considerando que, para se pensar a questão da desobjetalização na relação transferencial, será preciso considerar a forma como a separação sujeito/objeto ocorreu. Finaliza assinalando a necessidade da ligação para existir o ser psíquico (AU)
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