A evolução da teoria e prática psicanalíticas: rumo a uma assintótica situação analítica total
DOI:
https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v14i3.702Palavras-chave:
Teoria psicanalítica, Técnica psicanalítica, Situação analítica total, Vértices complementares, Grade de Bion, Vida psíquica, ProtomentalResumo
O autor propõe que o desenvolvimento da teoria e da técnica psicanalíticas pode ser compreendido como uma redução gradual da exclusão de aspectos da personalidade e de conteúdos da mente tanto do paciente como do analista. Essa exclusão decorreria de limitações epistemológicas, teóricas, técnicas e emocionais para lidar com a tempestade de emoções presentes na relação. O desenvolvimento ocorreria em direção a uma assintótica situação analítica total, que envolveria a aceitação e uso técnico do maior número possível dos referidos aspectos e conteúdos. Quanto aos primeiros, a evolução teria ocorrido desde a focalização exclusiva no sintoma do paciente até o reconhecimento e utilização de fenômenos intersubjetivos gerados no e pelo par. Em relação aos conteúdos da mente iniciou centrada nas representações psíquicas recalcadas chegando a fenômenos decorrentes da insuficiência ou destruição do sistema de representações. São expostos pontos de vista do autor sobre o uso técnico destes desenvolvimentos, valendo-se da noção de vértices complementares, apoiada em Bion e Bohr e de uma adaptação da grade de Bion. É discutida a vigência atual de um conceito mais restrito de vida psíquica propriamente dita (AU)
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