A evolução da teoria e prática psicanalíticas: rumo a uma assintótica situação analítica total
DOI:
https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v14i3.702Keywords:
Teoria psicanalítica, Técnica psicanalítica, Situação analítica total, Vértices complementares, Grade de Bion, Vida psíquica, ProtomentalAbstract
O autor propõe que o desenvolvimento da teoria e da técnica psicanalíticas pode ser compreendido como uma redução gradual da exclusão de aspectos da personalidade e de conteúdos da mente tanto do paciente como do analista. Essa exclusão decorreria de limitações epistemológicas, teóricas, técnicas e emocionais para lidar com a tempestade de emoções presentes na relação. O desenvolvimento ocorreria em direção a uma assintótica situação analítica total, que envolveria a aceitação e uso técnico do maior número possível dos referidos aspectos e conteúdos. Quanto aos primeiros, a evolução teria ocorrido desde a focalização exclusiva no sintoma do paciente até o reconhecimento e utilização de fenômenos intersubjetivos gerados no e pelo par. Em relação aos conteúdos da mente iniciou centrada nas representações psíquicas recalcadas chegando a fenômenos decorrentes da insuficiência ou destruição do sistema de representações. São expostos pontos de vista do autor sobre o uso técnico destes desenvolvimentos, valendo-se da noção de vértices complementares, apoiada em Bion e Bohr e de uma adaptação da grade de Bion. É discutida a vigência atual de um conceito mais restrito de vida psíquica propriamente dita (AU)
Downloads
References
BARANGER, M.; BARANGER, W. (1969). La situación analítica como campo dinâmico. In:
. Problemas del campo psicoanalítico. Buenos Aires: Kargieman, p. 129-164.
BARANGER, M.; BARANGER, W. ; MOM, J. (1982). Proceso y no proceso en el trabajo analítico.
Revista de Psicoanálisis, v. 39, n. 4, p. 526-550.
BION, W. (1962). Learning from experiencie. In: . Seven servants: four works by Wilfred
W. Bion. New York: Jason Aronson, 1977, p. 1-105.
. (1963). Elements of psycho-analysis. In: . Seven servants: four works by Wilfred
W. Bion. New York: Jason Aronson, 1977, p. 1-110.
. (1965). Transformations. In: . Seven servants: four works by Wilfred W. Bion. New
York: Jason Aronson, 1977, p. 1-72.
. (1967). Estudos psicanalíticos revisados. Rio de Janeiro: Imago, 1994.
. (1976). Sobre uma citação de Freud. Revista de Psicanálise da SPPA. v. 7, n. 2, p. 291‑296.
. (1977a). The grid. In: . Two papers: the grid and caesura. Rio de Janeiro: Imago,
, p. 8-39.
. (1977b). Bion em Nova Yorque. In: . Conversando com Bion: quatro discussões
com W. R. Bion. Rio de Janeiro: Imago, 1992, p. 69-167.
. (1979). Como tornar proveitoso um mau negócio. Revista Brasileira de Psicanálise. v. 13,
n. 4, p. 467-478.
BOHR, N. (1958). Física atômica e conhecimento humano. Rio de Janeiro: Contraponto, 1995.
BOLLAS, C. (2002). Associação livre. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2005.
BOTELLA, C.; BOTELLA S. (2001). La figurabilidad psíquica. Buenos Aires: Amorrortu, 2003.
. (2002). Irrepresentável: mais além da representação. Porto Alegre: Criação Humana.
BREUER, J; FREUD, S. (1893-1895). Estudios sobre la histería. In: FREUD, S. Obras Completas.
v. 2. Buenos Aires: Amorrortu, 1985, p. 1-309.
FAYE, J.; FOLSE, H. (1998). The philosophical writings of Nielo Bohr. Woodbridge: Ox Bow.
FERRO, A. (1995). A técnica na psicanálise infantil. Rio de Janeiro: Imago.
. (2005). Fatores de doença. Fatores de cura: gênese do sofrimento e da cura psicanalítica.
Rio de Janeiro: Imago.
FREUD, S. (1894). Las neuropsicoses de defensa (Ensayo de una teoria psicológica de la histeria
adquirida, de muchas fobias y representaciones obsesivas, y de ciertas psicosis alucinatorias).
In: Obras Completas. v. 3. Buenos Aires: Amorrortu, 1986, p. 41-68.
. (1895). Sobre la justificación de separar de la neurastenia un determinado síndrome en calidad
de neurosis de angustia. In: Obras Completas. v. 3. Buenos Aires: Amorrortu, 1986, p. 85-115.
. (1898). La sexualidad en la etiología de las neurosis. In: Obras Completas. v. 3. Buenos
Aires: Amorrortu, 1986, p. 251-276.
. (1904). El método psicoanalitico de Freud. In: Obras Completas. v. 7. Buenos Aires:
Amorrortu, 1978, p. 235-242.
. (1905). Fragmento de análisis de um caso de histería. In: Obras Completas. v. 7. Buenos
Aires: Amorrortu, 1978, p. 2-107.
. (1910). Las perspectivas futuras de la terapia psicoanalítica. In: Obras Completas. v. 11.
Buenos Aires: Amorrortu, 1986, p. 129-142.
. (1912). Sobre la dinámica de la transferencia. In: Obras Completas. v. 12. Buenos Aires:
Amorrortu, 1986, p. 93-105.
. (1914). Recordar, repetir y reelaborar. Nuevos consejos sobre la técnica del psicoanálisis.
In: Obras Completas. v. 12. Buenos Aires: Amorrortu, 1986, p. 145-157.
. (1916 [1917]). Conferencias de introducción al psicoanálisis. Parte III. In: Obras Completas.
v. 16. Buenos Aires: Amorrortu, 1984.
. (1920). Más allá del princípio del placer. In: Obras Completas. v. 18. Buenos Aires:
Amorrortu, 1986, p. 2-62.
GREEN, A. (1995). Notas sobre los procesos terciarios. In: . La metapsicología revisada.
Buenos Aires: Eudeba, 1996, p. 185-189.
HARTKE, R. (2004a). The basic traumatic in the analytical relationship. Int. J. Psycho-anal. v. 86,
n. 2, p. 267-290.
. (2004b). Criatividade e expansão psíquica no limite do caos: a mente como um sistema
adaptativo complexo. Trabalho apresentado no Encontro Bion 2004, São Paulo, jul. 2004.
. (2005). A relação terapêutica hoje: para além da transferência, da contratransferência e das
representações. Revista Brasileira de Psicoterapia. v. 7, n. 2-3, p. 281-293.
HEINMANN, P. (1950). On counter-transference. Int. J. Psycho-anal. v. 31, n. 1, p. 81-84.
HONDERICH, T. (1995). The Oxford companion to philosophy. Oxford: Oxford University.
KERNBERG, O. (1965). Notes on countertransference. Journal American Psychoanalytic
Association. v. 13, n. 1, p. 38-56.
KLEIN, M. (1952a). As origens da transferência. In: Obras Completas. v. 3. Rio de Janeiro: Imago,
, p. 70-79.
. (1952b). Algumas conclusões teóricas relativas à vida emocional do bebê. In: Obras
Completas. v. 3. Rio de Janeiro: Imago, 1991, p. 85-118.
KUHN, T. (1962). A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva, 1987.
LACAN, J. (1966). De uma questão preliminar a todo tratamento possível da psicose. In: .
Escritos. Rio de Janeiro: Zahar, 1998, p. 537-590.
LEWIN, R. (1993). Complexidade: a vida no limite do caos. Rio de Janeiro: Rocco, 1994.
MELTZER, D. (1986). Metapsicología ampliada: aplicaciones clínicas de las ideas de Bion. Buenos
Aires: Spatia, 1990.
OGDEN, T. (1994). Subjects of analysis. Northvale: Jason Aronson.
. (1997). Privacy, reverie and analytic technique. In: . Reverie and interpretation.
Sensing something human. New York: Jason Aronson, p. 55-133.
PLOTNITSKY, A. (1994). Complementarity. Durban: Duke University.
RACKER, H. (1952). Observaciones sobre la contratransferencia como instrumento técnico. Revista
de Psicoanálisis. v. 50, n. 3, p. 605-617.
REICH, W. (1933). Análisis del carácter. Barcelona: Paidós, 1980.
SUGARMAN, A. (2006). Mentalization, insightfulness, and therapeutic actions. Int. J. Psycho-anal.
v. 87, n. 4, p. 965-987.
WALDROP, M. (1992). The emerging science at the edge of order and chaos. New York: Touchstone.
WINNICOTT, D. (1963). O medo do colapso. In: WINNICOTT, C; SHEPHRED, R.; DAVIS, M.
(orgs). Explorações psicanalíticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994, p. 70-76.
. (1965). The theory of the parent-infant relationship. In: . The maturacional processes
and the facilitating environment. London: Hogarth, p. 37-55.
. (1971). O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Atribuo os direitos autorais que pertencem a mim, sobre o presente trabalho, à SPPA, que poderá utilizá-lo e publicá-lo pelos meios que julgar apropriados, inclusive na Internet ou em qualquer outro processamento de computador.
I attribute the copyrights that belong to me, on this work, to SPPA, which may use and publish it by the means it deems appropriate, including on the Internet or in any other computer processing.
Atribuyo los derechos de autor que me pertenecen, sobre este trabajo, a SPPA, que podrá utilizarlo y publicarlo por los medios que considere oportunos, incluso en Internet o en cualquier otro tratamiento informático.