O quanto ainda é necessário interpretar o brincar na análise infantil? Considerações na esteira das ideias de Bion
DOI:
https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v18i2.675Palabras clave:
Análise infantil, Interpretação, Sensorialidade, Rêverie, Desenvolvimento do continente mentalResumen
Partindo da observação de uma interação criativa entre pai e filho na vida cotidiana, os autores questionam a necessidade da interpretação verbal na prática atual da análise infantil. No modelo bioniano a capacidade dos pais de sonhar os elementos β que excedem a capacidade transformadora das emoções inconscientes da criança é indispensável para o crescimento da pequena função α que a criança possui e para o desenvolvimento do seu continente mental. Utilizando o modelo da membrana biológica, os autores hipotetizam um modelo para descrever os elementos que facilitariam a capacidade da criança de utilizar e reelaborar ela mesma as rêverie dos pais e como esses elementos pertenceriam mais ao campo não verbal que ao campo verbal. Através de um exemplo clínico, os autores mostram como esse modelo encontra uma confirmação na prática analítica e permite que a dupla analista-criança sonhe em conjunto as emoções inconscientes que se coagulam no campo bi-pessoal. A brincadeira compartilhada com o analista, mais do que a interpretação verbal, é capaz de ajudar a criança a desenvolver o seu processo criativo de tal forma que, agora, tal processo possa manifestar-se através de uma representação consciente-inconsciente que fica explícita nos personagens da brincadeira ou no desenho (AU)
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