Sobre a atitude analítica na psicanálise de adolescentes

Autores

  • Ingeborg Magda Bornholdt Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

Palavras-chave:

Atitude analítica, Adolescência, Processos disrruptivos, Agirpalavra, Contraidentificações projetivas

Resumo

Nesta reflexão sobre algumas especificidades na psicanálise de adolescentes, expõe-se que a dupla paciente-analista precisa dar conta dos movimentos regressivos e progressivos bem como dos correspondentes tumultos psíquicos gerados na adolescência. Os processos disrruptivos e a turbulência emocional do adolescente são atuados no campo e facilmente podem levar o analista a comunicar-se igualmente através do agir. Esta tendência à simetria de funcionamento pode manifestar-se defensivamente levando o analista a intervenções de características mais educativas ou tranqüilizadoras. A autora reporta-se a Meltzer, que referia a condição humana do analista abrangendo aspectos de virtuosidade e de atletismo. No ir e vir da travessia desta longa fase de desenvolvimento, há a reedição de conflitos infantis bem como uma reorganização interna a partir de novas identificações. O adolescente precisa de seu analista e que este último possa ser o mais constante possível sem deixar-se alterar pelas projeções, demandas e ameaças que surgem. Exige-se da técnica ser mais elástica que a clássica em alguns aspectos e seguramente constante em outros (AU)

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Biografia do Autor

Ingeborg Magda Bornholdt, Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

Membro Efetivo da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre.

Referências

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Como Citar

Bornholdt, I. M. (2005). Sobre a atitude analítica na psicanálise de adolescentes. Revista De Psicanálise Da SPPA, 12(1), 135–143. Recuperado de https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/916

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