Paixão, violência e desumanização

Autores/as

  • Carlos Augusto Ferrari Filho Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

DOI:

https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v21i2.162

Palabras clave:

paixão, simbolização, pulsão, Narciso, violência, contemporâneo, verdade, cultura.

Resumen

Se, e quando, a paixão é potência sublimatória e atua predominantementeem termos de Édipo, tem-se no cultural um movimento no sentido dapenosa busca da verdade psíquica em um determinado momento histórico.Em seu oposto, quando a paixão se ancora em Narciso, vivem-se temposproblemáticos, durante os quais a desmentida dá as cartas. Assim, apaixão, enquanto movimento libidinal objetalizante, torna-se importanteelo na cadeia do processo civilizatório e, portanto, na humanização dosujeito. Tudo ocorre ao contrário se os tempos ficam sob a égide deNarciso. Discutir-se-á, brevemente, o papel (des)estruturante da paixãona função simbolização da pulsão. Abordar-se-ão as relações entreverdade histórica e psíquica, duas das metáforas possíveis quando setenta compreender e apreender a realidade. Considerar-se-ásuperficialmente a questão da palavra encobridora, ou seja, quando estadescumpre sua vocação como reveladora da pulsão, transformando-seem discurso que serve para encobrir um determinado momento pulsional,movimento desorganizador que impacta as relações sujeito-objeto, tantono individual como no social. Discutir-se-á, por fim, a lógica de um tempocontemporâneo no qual as relações sujeito-objeto encontram-se matizadasexcessivamente pela força de paixões deslocadas no sentido de Narciso.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Carlos Augusto Ferrari Filho, Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

Psicanalista e membro efetivo da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA).

Citas

Agamben, G. (2009). O que é ser contemporâneo? Curso de filosofia ministrado no Instituto Universitário de Arquitetura de Veneza, tradução de Moisés Sbardelotto. Recuperado de http://www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-arquivadas/22829-o-que-e-sercontemporaneo-a-visao-de-giorgio-agamben.

Eizirik, C.L. (2008). Psicanálise em um mundo em transformação. Revista de Psicanálise da SPPA, 15(1), 11-17.

Faria, C.G. (2005). Uma breve introdução sobre o trauma. Revista de Psicanálise da SPPA, 12(1), 189-193.

Freud, S. (1913). Totem e tabu. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 13, pp. 13-191). Rio de Janeiro: Imago, 1972.

Freud, S. (1921). Psicologia de grupo e a análise do ego. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 18, pp. 89-179). Rio de Janeiro: Imago, 1972.

Freud, S. (1924). O problema econômico do masoquismo. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 19, pp. 197-212). Rio de Janeiro: Imago, 1972.

Freud, S. (1927). O futuro de uma ilusão. Porto Alegre: L&PM, 2011.

Freud, S. (1930). O mal-estar na civilização. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 21, pp. 75-171). Rio de Janeiro: Imago, 1972.

Freud, S. (1933). Por que a guerra? In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 22, pp. 236-259). Rio de Janeiro: Imago, 1972.

Freud, S. (1938). A divisão do ego no processo de defesa. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, (Vol. 23, pp. 305-312). Rio de Janeiro: Imago, 1990.

Green, A. (2010). Pulsão de morte, narcisismo negativo, função desobjetalizante. In: O trabalho do negativo. Porto Alegre, Artmed, 1993.

Ortega y Gasset, J. (1933). En torno a Galileo. In Obras completas. (Vol. 5, pp. 10-83). Madrid: Revista de Occidente, 1952.

Publicado

2014-08-29

Cómo citar

Ferrari Filho, C. A. (2014). Paixão, violência e desumanização. Revista De Psicoanálisis De La SPPA, 21(2), 429. https://doi.org/10.5281/sppa revista.v21i2.162

Artículos más leídos del mismo autor/a