Paixão, violência e desumanização
DOI:
https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v21i2.162Palavras-chave:
paixão, simbolização, pulsão, Narciso, violência, contemporâneo, verdade, cultura.Resumo
Se, e quando, a paixão é potência sublimatória e atua predominantementeem termos de Édipo, tem-se no cultural um movimento no sentido dapenosa busca da verdade psíquica em um determinado momento histórico.Em seu oposto, quando a paixão se ancora em Narciso, vivem-se temposproblemáticos, durante os quais a desmentida dá as cartas. Assim, apaixão, enquanto movimento libidinal objetalizante, torna-se importanteelo na cadeia do processo civilizatório e, portanto, na humanização dosujeito. Tudo ocorre ao contrário se os tempos ficam sob a égide deNarciso. Discutir-se-á, brevemente, o papel (des)estruturante da paixãona função simbolização da pulsão. Abordar-se-ão as relações entreverdade histórica e psíquica, duas das metáforas possíveis quando setenta compreender e apreender a realidade. Considerar-se-ásuperficialmente a questão da palavra encobridora, ou seja, quando estadescumpre sua vocação como reveladora da pulsão, transformando-seem discurso que serve para encobrir um determinado momento pulsional,movimento desorganizador que impacta as relações sujeito-objeto, tantono individual como no social. Discutir-se-á, por fim, a lógica de um tempocontemporâneo no qual as relações sujeito-objeto encontram-se matizadasexcessivamente pela força de paixões deslocadas no sentido de Narciso.Downloads
Referências
Agamben, G. (2009). O que é ser contemporâneo? Curso de filosofia ministrado no Instituto Universitário de Arquitetura de Veneza, tradução de Moisés Sbardelotto. Recuperado de http://www.ihu.unisinos.br/noticias/noticias-arquivadas/22829-o-que-e-sercontemporaneo-a-visao-de-giorgio-agamben.
Eizirik, C.L. (2008). Psicanálise em um mundo em transformação. Revista de Psicanálise da SPPA, 15(1), 11-17.
Faria, C.G. (2005). Uma breve introdução sobre o trauma. Revista de Psicanálise da SPPA, 12(1), 189-193.
Freud, S. (1913). Totem e tabu. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 13, pp. 13-191). Rio de Janeiro: Imago, 1972.
Freud, S. (1921). Psicologia de grupo e a análise do ego. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 18, pp. 89-179). Rio de Janeiro: Imago, 1972.
Freud, S. (1924). O problema econômico do masoquismo. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 19, pp. 197-212). Rio de Janeiro: Imago, 1972.
Freud, S. (1927). O futuro de uma ilusão. Porto Alegre: L&PM, 2011.
Freud, S. (1930). O mal-estar na civilização. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 21, pp. 75-171). Rio de Janeiro: Imago, 1972.
Freud, S. (1933). Por que a guerra? In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. (Vol. 22, pp. 236-259). Rio de Janeiro: Imago, 1972.
Freud, S. (1938). A divisão do ego no processo de defesa. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, (Vol. 23, pp. 305-312). Rio de Janeiro: Imago, 1990.
Green, A. (2010). Pulsão de morte, narcisismo negativo, função desobjetalizante. In: O trabalho do negativo. Porto Alegre, Artmed, 1993.
Ortega y Gasset, J. (1933). En torno a Galileo. In Obras completas. (Vol. 5, pp. 10-83). Madrid: Revista de Occidente, 1952.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Atribuo os direitos autorais que pertencem a mim, sobre o presente trabalho, à SPPA, que poderá utilizá-lo e publicá-lo pelos meios que julgar apropriados, inclusive na Internet ou em qualquer outro processamento de computador.
I attribute the copyrights that belong to me, on this work, to SPPA, which may use and publish it by the means it deems appropriate, including on the Internet or in any other computer processing.
Atribuyo los derechos de autor que me pertenecen, sobre este trabajo, a SPPA, que podrá utilizarlo y publicarlo por los medios que considere oportunos, incluso en Internet o en cualquier otro tratamiento informático.