Comemorar, rememorar, esquecer
Palavras-chave:
Rememorar, Esquecer, Construção, Pulsão de morte, Pulsão de vida, Après-coupResumo
O autor chama a atenção para um aspecto pouco sugerido na literatura psicanalítica, o da importância de que o sujeito se liberte de certa memória morta, o que permite que a memória se mantenha ativa e capaz de operar na ressignificação après-coup, dando oportunidade ao passado para um porvir diferente do que a mera repetição. Uma coisa é a memória e outra coisa é rememorar. Uma coisa é o esquecimento e outra o esquecer. Não é apenas conveniente que o sujeito possa rememorar, mas também que possa dinamizar uma forma do esquecer, afastada da repressão, da clivagem ou da forclusão, entendendo por isso uma sugestiva alquimia entre a pulsão de morte, como indutora de desligamentos, e a pulsão de vida, geradora de novas ligações. Toda construção analítica implica uma desconstrução prévia, que requer a ativação da pulsão de morte, com a finalidade de poder gerar novas ligações psíquicas que se abram para uma nova trama simbólica reconstrutora (AU)
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