Entre Freud e Bion: os princípios ético-estéticos de observação
Palabras clave:
Ética, Freud, Bion, Estética, PsicanáliseResumen
A origem dos princípios ético-estéticos de observação pode ser encontrada nos primórdios da psicanálise, desde as “pré-concepções” presentes no “Projeto”. Freud, partindo de uma consulta à Física, embora modificando a essência do pensamento referencial, estabeleceu o legado dos princípios na
psicanálise, através dos dois princípios de funcionamento mental (1911). A pré-concepção realizou-se e transformou-se em concepção. Num estudo sistemático e evolutivo da obra de Bion, nos deparamos, no artigo “Making the best of a bad job” (1979), com a instigante proposição: “três princípios de vida”, ao invés dos dois princípios de funcionamento mental. Investigando esta concepção, constatamos que ela aponta para a necessidade de ampliação dos princípios de observação. Alguns ele menciona como o princípio de Incerteza e o princípio de Infinitude; a presença de outros podemos constatar sob a forma intuitiva. Os conceitos para iluminar estas
intuições são obtidos no pensamento científico atual. Alguns não tinham ainda sido formulados na época de Bion, muito menos na de Freud, onde também podemos constatá-los. Por exemplo, o princípio de complexidade. Isto demonstra que a psicanálise, com seu apuro e empenho na observação da mente humana, já havia chegado muito antes a eles, inclusive, aplicando-os na prática (AU)
Descargas
Citas
BION, W. R. (1962). Learning from experience. London: Heinemann.
______. (1962). A Theory of Thinking In: Second Thoughts. London: Heinemann.
______. (1963). Elements of Psychoanalysis. London: Heinemann.
______. (1965). Transformations. London: Heinemann.
______. (1970). Attention and Interpretation. London: Tavistock.
______. (1979). Making the best of a bad job. In: Clinical Seminars and four papers. Abingdon: Fleetwood, 1987.
CARNEIRO LEÃO, E. (1977). Aprendendo a Pensar. Petrópolis: Vozes.
CASTORIADIS, C. (1987). As Encruzilhadas do Labirinto I. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
CHUSTER, A. (1989). Um resgate da originalidade – as questões essenciais da psicanálise em W.R.
Bion. Rio de Janeiro: Degrau Cultural.
______. (1996). Diálogos Psicanalíticos sobre W.R. Bion. Rio de Janeiro: Tipo & Grafia.
______. (1998). Bion cria de fato uma nova psicanálise? Revista de Psicanálise da SPPA, vol.V, nº 3.
______. (1999). W.R. Bion, Novas Leituras: dos modelos científicos aos princípios ético-estéticos. Rio
de Janeiro: Companhia de Freud.
______. (2000). Sobre os princípios de funcionamento mental, trabalho apresentado ao Grupo de Estudos
psicanalítico Rio-3, inédito.
______. (2000). Aproveitando ao máximo a sessão analítica, trabalho apresentado ao Grupo de Estudos
psicanalítico Rio-3, inédito.
DYSON, F. (1998) Infinite in all directions. New York: Harper and Row.
ETCHEGOYEN, R.H. (1987). Fundamentos da Técnica Psicanalítica. Porto Alegre: Artes Médicas.
FEYERABEND, P. (1995). Killing time. Chicago: University of Chicago Press.
FREUD, S. (1911). Os Dois Princípios do Funcionamento Mental, ESB, vol.12. Rio de Janeiro: Imago.
______. (1920). Além do Princípio do Prazer, ESB, vol.19. Rio de Janeiro: Imago.
______. (1930). O Mal-Estar na Cultura, ESB, vol.20. Rio de Janeiro:Imago.
KUHN, T. (1962). The structure of scientific revolutions. Chicago: University of Chicago Press.
LAPLANCHE, J. e PONTALIS, J-B. (1967). Vocabulaire de la psychanalyse. Paris: PUF.
MATTE-BLANCO, I. (1975). The Unconscious as Infinite sets: an essay in Bi-logic. London: Ducksworth.
MELTZER, D. (1992). The Claustrum. Perthshire: Clunie Press.
______. (2000). Arquitetura da Paranóia. Rev. Bras. Psicanal., Vol.34, no1.
PRIGOGINE, I. (1996). O fim das certezas. São Paulo: UNESP.
WALDROP, M. (1992) Complexity. New York: Simon and Schuster.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 1969 Revista de Psicanálise da SPPA
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
Atribuo os direitos autorais que pertencem a mim, sobre o presente trabalho, à SPPA, que poderá utilizá-lo e publicá-lo pelos meios que julgar apropriados, inclusive na Internet ou em qualquer outro processamento de computador.
I attribute the copyrights that belong to me, on this work, to SPPA, which may use and publish it by the means it deems appropriate, including on the Internet or in any other computer processing.
Atribuyo los derechos de autor que me pertenecen, sobre este trabajo, a SPPA, que podrá utilizarlo y publicarlo por los medios que considere oportunos, incluso en Internet o en cualquier otro tratamiento informático.