A arquitetura da ponte entre self e outro

Autores/as

  • Vera Regina Jardim M. R. Fonseca Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP)

Palabras clave:

Autismo, Representação de self, Angústia de aniquilamento

Resumen

Entre as várias áreas do conhecimento que se dedicam a estudar as origens do self, há um consenso de que não se pode falar de nascimento do ‘self’ sem falar de nascimento do ‘outro’, já que ambos estão intrinsecamente ligados. A partir da matriz diádica, o desenvolvimento do self ocorre simultaneamente com o encontro com o outro, sendo tal processo caracterizado, em um dos polos, por momentos de sintonia, espelhamento e imitação, que privilegiam a experiência de igualdade entre mãe e filho, alternando com momentos de ruptura, que revelam as diferenças entre os dois. Entre estes dois polos, há uma constante tentativa de recuperação do estado diádico de sintonia. Tal padrão propicia uma dialética ótima entre self e outro, de modo que nem se abdica da espontaneidade individual, nem há afastamento, criando-se um espaço virtual e plástico entre self e outro. O caso clínico de uma criança com um transtorno autístico incipiente é usado para ilustrar as angústias primitivas que surgem durante a definição do self frente ao outro, as manobras defensivas por elas determinadas e o papel da análise na criação de uma ponte possível capaz de, ao mesmo tempo, unir e separar self e outro (AU)

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Vera Regina Jardim M. R. Fonseca, Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP)

Membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP)

Citas

AMSTERDAM, B. (1972). Mirror self-image reactions before the age of two. Developmental

Psychobiology, n. 5, p. 297-305.

BEEBE, B. et al. (1997). Mother-infant interaction structures and presymbolic self and object

representations. Psychoanalytic Dialogues, n. 7, p. 133-182.

BIRINGEN, Z. et al. (1997). Dyssynchrony, conflict and resolution: positive contributions to infant

development. American Journal of Orthopsychiatry, v. 6, n. 1, p. 1-16.

FONSECA, V. R.; BUSSAB, V. S. (2006). Self, other and dialogical space in autistic disorders.

International Journal of Psychoanalysis, v. 87, p. 439-55.

HINSHELWOOD, R. D. (1989). A dictionary of Kleinian thought. London: Free Association.

KEESTRA, M. (2008). The diverging force of imitation: integrating cognitive science and

hermeneutics. Review of General Psychology, v. 12, n. 2, p. 127–136.

KELLER, H. (2007). Cultures of infancy. New Jersey: Lawrence Erlbaum.

KLEIN, M. (1946). Notas sobre alguns mecanismos esquizóides. In: Inveja e gratidão e outros

trabalhos. Rio de Janeiro: Imago, 1985. p. 17-43.

MAHLER, M. (1958). Autism and symbiosis: two extreme disturbances of identity. International

Journal of Psycho-Analysis, n. 39, p. 77-83.

MELTZER, D. et al. (1975). Exploración del autismo: un estudio psicoanalítico. Buenos Aires:

Paidós, 1979.

MELTZER, D. (1992). The claustrum: an investigation of claustrophobic phenomena. London:

Clunie.

NEISSER, U. (1993). The self perceived. In: The perceived self: ecological and interpersonal

sources of self-knowledge. Cambridge: University of Cambridge.

PIPP, S. (1993). Infant’s knowledge of self, other, and relationship. In: NEISSER, U. The perceived

self: ecological and interpersonal sources of self-knowledge. Cambridge: University of Cambridge.

RIZZOLATTI, G. et al. (1998). The organization of the cortical motor system: new concepts.

Electroencephalography and Clinical Neurophysiology, n. 106, p. 283-296.

RIZZOLATTI, G. et al. (2001). Neurophysiological mechanisms underlying the understanding

and imitation of action. Nature Reviews Neuroscience, n. 2, p. 661-670.

TOMASELLO, M. (2008). Conferência de abertura. In: CONGRESS OF THE INTERNATIONAL

SOCIETY FOR THE STUDY OF BEHAVIOURAL DEVELOPMENT. 20, 2008, Würzburg, Alemanha.

TRONICK, E. (1989). Emotions and emotional communication in infants. American Psychologist, v. 44, p. 112-119.

TUSTIN, F. (1986). Autistic barriers in neurotic patients. Londres: Karnac.

. (1991). Revised understandings of psychogenic autism. International Journal of Psycho-

Analysis, v. 72, p. 585-591.

WATSON, J. S. (1985). Contingency perception in early social development. In: Social perception in infants. Norwood: Ablex. p. 157-176.

WINNICOTT, D. (1965). O ambiente e os processos de maturaçäo: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Porto Alegre: Artmed, 1990.

Publicado

2010-12-04

Cómo citar

Fonseca, V. R. J. M. R. (2010). A arquitetura da ponte entre self e outro. Revista De Psicoanálisis De La SPPA, 17(3), 441–462. Recuperado a partir de https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/860

Número

Sección

Artigos