Mudanças técnicas no tratamento psicanalítico em um caso de adolescente borderline: de Mancha Negra a Branca de Neve
Palabras clave:
escuta, presença disponível, campo bipessoal, agir, rêverie, desenho, desenvolvimento narrativo, experiência compartilhada.Resumen
A análise com adolescentes implica mudanças no tratamento psicanalítico que favorecem uma nova experiência compartilhada entre paciente e analista, no qual dois inconscientes se comunicam e se transformam reciprocamente dentro de um campo bipessoal. Consideramos que o elemento fundamental da transformação é a disponibilidade da analista para acolher as diferentes modalidades de comunicação (ações, enactment, desenho, rêverie) que foram construídas graças à adesão ao setting analítico e à pessoa da analista que se deixou usar pela adolescente. No contato com o medo e a impotência de um pensamento vazio de representações, pode acontecer que o agir da analista funcione como socorro, como remédio à urgência, e que forneça uma saída; trata-se de algo que não se encontra ali para ser decodificado, mas que está à espera de uma rêverie e de um desenvolvimento narrativo. Como numa cena de teatro, os desenhos conferem figurabilidade aos conflitos, às emoções, às lembranças evocadas na consulta e tornam acessível a entrada do novo e do não representável.Descargas
Citas
Aisenstein, M. (2004a). O sonho, objeto de comércio. Revista de Psicanálise da SPPA, 11(2): 251-259.
______. (2004b). Aspectos técnicos e teóricos sobre a psicossomática e a ação terapêutica da psicanálise. Revista de Psicanálise da SPPA, 11(2): 269-281.
Alvarez, A. (1992). Companhia viva: psicoterapia com crianças autistas, borderlines, carentes e maltratadas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
______. (1997). Falhas na vinculação: ataques ou deficiências? In M.O. França (Org.), Bion em São Paulo: ressonâncias. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado.
Andreucci, J. T. C. (2000). Comunicação pessoal.
Balint, M. (1967). A falha básica. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
Bion, W. R. (1961). Uma teoria do pensar. In E. B. Spillius (Ed.), Melanie Klein hoje (Vol. 1, pp. 185-193). Rio de Janeiro: Imago, 1991.
______. (1962). Learning from experience. London: Karnac, 1984.
______. (1963). Elements of psycho-analysis. London: Karnac, 1984.
______. (1965). Transformations. London: Karnac, 1984.
______. (1967). Second thoughts. London: Karnac, 2006.
______. (1970a). Medicina como modelo. In W. R. Bion, Atenção e interpretação. Rio de Janeiro: Imago, 2006.
______. (1970b). Reality sensuous and psychic. In W. R. Bion, Attention and interpretation. A Janson Aronson Book, 2004.
______. (1977). Cesura. Revista Brasileira de Psicanálise, 15: 123-136, 1981.
______. (1992). The tropisms. In W. R. Bion, Cogitations. London: Karnac, 2005.
Cassorla, R. M. S. (2005a). From bastion to enactment: the ‘non-dream’ in the theater of analysis. International Journal of Psychoanalysis, 86(3): 699-719.
______. (2005b). Considerações sobre o sonho-a-dois e o não-sonho a dois no teatro da análise. Revista de Psicanálise da SPPA, 12(3):527-552.
______. (2009). Reflexões sobre não-sonho-a-dois, enactment e função-alfa implícita do analista. Trabalho apresentado no encontro Pensando a Psicanálise da SBPRP, 2, Ribeirão Preto-SP, out./ 2009.
Corrêa, M. L. P. (2008). Psicanálise e os tropismos: matrizes da vida mental. Revista Latinoamericana de Psicoanálisis, 8: 71-89.
Ferro, A. (2005). Fatores de doença, fatores de cura. Gênese do sofrimento e da cura psicanalítica. Rio de Janeiro: Imago.
Franco Filho, O. M. (2000). Experiência religiosa e psicanálise: do “Homem-Deus” ao “Homem-com-Deus”. In Livro Anual de Psicanálise, 14.
Freud, S. (1900). The interpretation of dreams. In J. Strachey (Ed. and Trans.), The standardedition of the complete psychological works of Sigmund Freud (Vol. 4-5), London: Hogarth, 1973.
______. (1905). Sobre a psicoterapia. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud, (Vol.7), Rio de Janeiro: Imago,1996.
______. (1911). Formulações sobre os dois princípios do funcionamento mental. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 12, pp. 277-286), Rio de Janeiro: Imago.
______. (1915). Os instintos e suas vicissitudes. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, (Vol. 14, pp. 137-162), Rio de Janeiro: Imago, 1996.
______. (1920). Além do princípio do prazer. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, (Vol. 18, pp. 123-129), Rio de Janeiro: Imago, 1996.
______. (1927). Humour. In J. Strachey (Ed.), The standard edition of the complete psychological works of Sigmund Freud, (Vol. 21), London: Hogarth, 1973.
Gil, G. (1973). Preciso aprender a só ser. In Gil Luminoso (CD). Geléia Geral/ Biscoito Fino, 2006.
Holanda Ferreira, A. B. de. (1975). Novo dicionário da língua portuguesa. 1. ed. Rio de Janeiro: Aurélio Buarque de Holanda Ferreira e J.E.M.M. Editores Ltda.
Jacobs, T. (1991). On countertransference enactments: The Use of the self: countertransference and communication in the analytic situation. Madison (CT, USA): International Universities Press, 1991.
Kristeva, J. (1993). As novas doenças da alma. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.
Marques, T. H. T. (2006). Observando o trânsito da existência. Rev. Bras. de Psicanálise, 40(3).
Meltzer, D. (1984). Dream-life: a re-examination of the psycho-analytical theory and technique. Perth: Clunie forThe Roland Harris Trust Library, n. 12.
______. (1992). The claustrum. An investigation of claustrophobic phenomena. Gloucester, Inglaterra: Clunie.
Mezan, R. (1985). Freud, pensador da cultura. São Paulo: Cia. das Letras, 2006.
Ogden, T. (1986). The matrix of the mind. London: Maresfield Library, 1992.
______. (1989). Sobre o conceito de uma posição autística-contígua. Rev. Bras. de Psic., 30(2), 1996.
______. (1996). Os sujeitos da psicanálise. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996.
______. (1997). Reverie and interpretation: sensing something human. Northvale, NJ: Jason Aronson.
______. (2004). This art of psychoanalysis. Int. J. Psychoanalysis, (85): 857-877.
______. (2007). On talking-as-dreaming. Int. J. Psychoanalysis, (88): 575-589.
Ribeiro, P. M. M. (2006). Tecendo o continente: ‘pensamento’ como superfície sensorial. Revista Bras. de Psicanálise, 39(4).
______. (2007). Sonhando sonhos com quem não aprendeu a sonhar. Trabalho apresentado no Congresso Brasileiro de Psicanálise, 21, maio de 2007, Porto Alegre/RS.
______. (2009). Equívocos malignos. Alter., 27(2), 2009.
______. (2010). Configurações edípicas inconscientes e a práxis do analista. Berggasse 19, 2(2), 2011.
Roazen, P. (1995). Como Freud trabalhava. São Paulo: Companhia das Letras,1999.
Sandler, P. C. (1999). Uma teoria sobre o exercício de feminilidadeßàmasculinidade. Rev. Brasileira de Psicanálise, 33(3).
Sapienza, A. (1999). Reflexões clínicas sobre o uso e manutenção das funções psicanalíticas. Texto apresentado no Instituto de Psicologia da USP de São Paulo, out./1999.
Shakespeare, W. (1612). The tempest. In W. Shakespeare, The riverside Shakespeare. Boston: Houghton Mifflin Company, 1974.
Symington, N. (2007) A technique for facilitating the creation of mind. Int. J. Psychoanalysis, 88(6).
Tustin, F. (1981). Psychological birth and psychological catastrophe. Do I dare disturb the universe? London: Karnac, 1988.
Winnicott, D. W. (1951). Objetos transicionais e fenômenos transicionais. In D. W. Winnicott, Da pediatria à psicanálise: obras escolhidas. Rio de Janeiro: Imago, 2000.
______. (1962). A integração do ego no desenvolvimento da criança. In D. W. Winnicott, O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
______. (1963). O medo do colapso. In D. W. Winnicott, Explorações psicanalíticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1994.
______. (1968). A comunicação entre o bebê e a mãe e entre a mãe e o bebê: convergências e divergências. In D. W. Winnicott, Os bebês e suas mães. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
______. (1971). O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Atribuo os direitos autorais que pertencem a mim, sobre o presente trabalho, à SPPA, que poderá utilizá-lo e publicá-lo pelos meios que julgar apropriados, inclusive na Internet ou em qualquer outro processamento de computador.
I attribute the copyrights that belong to me, on this work, to SPPA, which may use and publish it by the means it deems appropriate, including on the Internet or in any other computer processing.
Atribuyo los derechos de autor que me pertenecen, sobre este trabajo, a SPPA, que podrá utilizarlo y publicarlo por los medios que considere oportunos, incluso en Internet o en cualquier otro tratamiento informático.