De olhos bem fechados
da perversão relacional à possibilidade de sonhar o sonho do outro
Palavras-chave:
Sonho, Perversão, Narcisismo, Dependência afetiva, SettingResumo
Começando com o famoso filme de Stanley Kubrick, De olhos bem fechados (1999), inspirado na obra de Arthur Schnitzler, Breve romance de sonho (1926), os autores exploram o tema da perversão relacional como uma impossibilidade de sonhar o sonho do outro de um ponto de vista teórico, tanto do lado clínico quanto na qualidade de um fenômeno social cada vez mais generalizado. Uma impossibilidade de sonhar o sonho do outro que, segundo os autores, está enraizada na relação primária entre mãe e filho recém-nascido, em cujo caso ocorre uma verdadeira luta de poder para impor o próprio sonho ao outro. O contexto desse corpo a corpo, que envolve a vida psíquica de ambos, é o de um terceiro ausente, uma figura paterna morta, fisicamente morta ou mentalmente ausente e, de qualquer forma, incapaz de dividir a dupla mãe/recém-nascido, as razões de uma e as razões do outro, dando a cada um o que é seu.
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