Preconceito: razão e não-razão
DOI:
https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v15i1.481Palavras-chave:
Preconceito, Razão, Transgeracionalidade, BilógicaResumo
O presente trabalho nasceu da tentativa de reunir e tentar estabelecer algumas relações entre os vários vértices de abordagem ao tema preconceito, que foram suscitados a partir de discussões do grupo da International Psychoanalytical Association (IPA) de estudos sobre preconceito e em estudos paralelos. Inicia com um levantamento das idéias psicanalíticas mais atuais sobre o tema. Depois, procura destacar a onipresença desse fenômeno na estruturação psíquica e a importância de se diferenciarem formas benignas e malignas de preconceito. Na tentativa de se estabelecer os possíveis fatores que levariam à malignização do preconceito, procura-se levantar questões a respeito da razão e seus usos. Conceitos de Matte-Blanco são utilizados neste estudo, bem como idéias de Henry Atlan. É destacada a importância de uma razão não-onipotente e distinta de racionalizações, que se constrói a partir de uma matriz de emoção e que se nutre permanentemente no contato com os processos simétricos. Termina enfatizando a função da psicanálise na compreensão das lógicas diferentes que regem nosso psiquismo, principalmente a lógica que rege o processo primário. Destaca a importância de um sistema de leis firmes e sensatas, que funcionem como limites para os grupos humanos, assim como precisam ser os limites estabelecidos pelos pais na educação de seus filhos (AU)
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