Identificação projetiva eletronicamente mediada: O analista e o dialeto virtual

Autores

  • Clarice Kowacs Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre

DOI:

https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v25i2.373

Palavras-chave:

identificação projetiva, aparatos eletrônicos, identificação projetiva eletronicamente mediada, clínica psicanalítica contemporânea, clínica psicanalítica pós-digital, setting pós-digital, dialeto digital, campo analítico virtual digital

Resumo

A autora reflete acerca da presença de aparatos eletrônicos no ambiente físico do setting pós-digital e seu impacto no campo analítico. Não obstante o potencial uso resistencial da tecnologia, explora aqui sua qualidade comunicativa, parte do dialeto digital a ser decodificado e incorporado pelos psicanalistas contemporâneos. A partir de uma intensa reação contratransferencial acionada via smartphone, são revisados alguns aspectos teóricos e neurocientíficos da comunicação não-verbal e da identificação projetiva. É apontado um desdobramento contemporâneo desta última, e a autora sugere o termo identificação projetiva eletronicamente mediada (IPEM) para descrevê-la. Na IPEM, através de aparatos eletrônicos, aspectos muito primitivos do mundo interno do paciente penetram na mente do analista, com objetivos evacuativos, comunicativos ou ambos.

Palavras-chave: identificação projetiva; aparatos eletrônicos; identificação projetiva eletronicamente mediada; clínica psicanalítica contemporânea; clínica psicanalítica pós-digital; setting pós-digital; dialeto digital; campo analítico virtual digital

 

Abstract

Electronically mediated projective identification. The analyst and the virtual dialect

The author reflects on the presence of electronic devices in the physical environment of the post-digital setting and on the impact of such a presence on the analytic field. While acknowledging that technology may be used as resistance, she explores its communicative quality and argues that electronic devices are part of the digital dialect that contemporary analysts should decode and incorporate. Based on the description of an intense countertransference response set in motion by the use of a smartphone, some theoretical and neuroscientific aspects of nonverbal communication and projective identification are reviewed. In such a context, the author describes an offshoot of the concept of projective identification and suggests a term to designate it – electronically mediated projective identification (EMPI). In the latter, by means of electronic devices, very primitive aspects of the patients' internal world penetrate the mind of the analyst with evacuative or communication purposes, or with both.

Keywords: projective identification, electronic devices, electronically mediated projective identification, contemporary clinical practice, post-digital clinical practice, post-digital setting, digital dialect, digital virtual analytic field.

 

Resumen

Identificación proyectiva electrónicamente mediada: el analista y el dialecto virtual

La autora reflexiona acerca de la presencia de aparatos electrónicos en el ambiente físico del setting posdigital y sobre su impacto en el campo analítico. Más allá de la potencial resistencia generada por el uso de la tecnología, explora aquí su cualidad comunicativa, parte del dialecto digital que los psicoanalistas contemporáneos deberán decodificar e incorporar. A partir de una intensa reacción contratransferencial activada vía smartphone, se revisan algunos aspectos teóricos y neurocientíficos de la comunicación no verbal y de la identificación proyectiva. Se señala un desdoblamiento contemporáneo de dicha identificación y la autora sugiere el término identificación proyectiva electrónicamente mediada (IPEM) para describirlo. En la IPEM, por medio de aparatos electrónicos, penetran en la mente del analista aspectos muy primitivos del mundo interno del paciente con objetivos evacuativos, comunicativos o ambos.

Palabras clave: identificación proyectiva, aparatos electrónicos, identificación proyectiva electrónicamente mediada, clínica psicoanalítica contemporánea, clínica psicoanalítica posdigital, setting posdigital, dialecto digital, campo analítico virtual digital.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Clarice Kowacs, Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre

Médica psiquiatra. Membro aspirante graduada da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA).

Referências

Aulagnier, P. (1975). La violence de l'interprétation: Du pictogramme à l'énoncé. Paris : PUF, 2013. [The violence of Interpretation: from pictogram to statement]

Aulagnier, P. (1986). Birth of a body, origin of a history. The Int. J. Psychoanal., 96(5) : 1371-1401.

Baranger, W. & Baranger, M. (1961-62 [1969]). La situación analítica como campo dinâmico Cap. 7. In Problemas del campo psicoanalítico. Buenos Aires: Ediciones Kargieman, 1993. [The analytic situation as a dynamic field. The Int. J. Psychoanal., 89 (4): 795-826]

Beebe, B., & Lachmann, F. M. (1988). The contribution of mother-infant mutual influence to the origins of self- and object representations. Psychoanalytic Psychology, 5(4): 305-337.

Bion, W. R. (1959). Ataques ao elo de ligação. In E. B. Spillius (Ed.), Melanie Klein: Desenvolvimentos da teoria e da técnica, (Vol. 1, pp. 95-109). Rio de Janeiro: Imago, 1991.

Bion, W. R. (1965). Transformations. London: Heinemann.

Bion, W. R. (1967). Second thoughts. New York, NY: Jason Aronson

Bion, W. R. (1970). Attention and interpretation (Chapter 4). Maryland: Jason Aronson, 1983.

Bion, W. R. (1992). Cogitations. London: Karnac.

Bion,W. R. (1973). Bion brazilian lectures 1. Rio de Janeiro: Imago. [Reprinted Br Karnac Books, 1990]

Birkerts, S. (2015). You are what you click. In Changing the subject: art and attention in the internet age. Minnesota: Graywolf, p. 256.

Bohleber, W.; Fonagy, P.; Jiménez, J. P.; Scarfone, D.; Varvin, S. & Zysman, S. (2013). Para o melhor uso dos conceitos psicanalíticos: modelo ilustrado com o conceito de enactment. In Livro Anual de Psicanálise, 29: 251-280. [The International J. of Psychoanal., 94: 501-530]

Bollas, C. (1979). The transformacional object. The Int. J. Psychoanal., 60: 97-107.

Bollas, C. (1983a). The functions of history. In The Christopher Bollas Reader. Routlegde: 2011.

Bollas, C. (1983b). Expressive uses of the countertransference - notes to the patient from oneself. Contemporary Psycoalysis, 19(1): 1-33.

Bollas, C. (2015a). Psicanálise na era da Desorientação: o retorno do oprimido. Revista Brasileira de Psicanálise, 49(1): 47-66.

Bollas, C. (2015b). The transmissive self and transmissive objects in a world of globalization In Fear and fantasy in a global world. Coll. Literature and Cultural studies E-books On-line, Vol. 81, Studies in Comparative Literature, p. 13-33

Botella, C. & Botella, S.(2002). Irrepresentável: mais além da representação. Porto Alegre: Soc. de Psicologia do Rio Grande do Sul/Criação humana [Unrepresentable:beyond representation] Psychology Association :Human Creation) Porto Alegre, Brazil, 2002.

Cassorla, R. M. S. (2005). From bastion to enactment: The 'non-dream' in the theatre of analysis. The International Journal of Psychoanalisis, 86: 699-719.

Cozolino, L. (2006). The neuroscience of human relationships. New York, NY: W.W. Norton & Co. p. 447.

Cozolino, L. (2015). Why therapy works: using our minds to change our brains. New York, NY: W. W. Norton & Company.

Damasio, A. R. (2001). Fundamental feelings. Nature, 413, 781.

Ferenczi, S. (1924). Thalassa, ensaio sobre a genitalidade. In Obras completas psicanalise, (Vol. 3, pp. 255-325). São Paulo: Martins Fontes, 1993.

Ferro, A. (1995). A técnica na psicanálise infantil: a criança e o analista da relação ao campo emocional. Rio de Janeiro: Imago, 1997.

Ferro, A. (1996). Na sala de análise, emoções, relatos, transformações. Rio de Janeiro: Imago, 1998. [Nella stanza d'analisi.Emozioni,raconti,transformazioni,1996]

Ferro, A. (2007). Viver as emoções, evitar as emoções. Porto Alegre: Artmed, 2011.

Ferro, A. (2016). People, characters, holograms. In A. Marzi, Psychoanalysis, identity, and internet: explorations into cyberspace, (pp. 21-33). London: Karnac.

Freud, S. (1912). Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, (Vol. 12, pp.149-159). Rio de Janeiro: Imago.

Freud, S. (1915). O inconsciente - A comunicação entre os dois sistemas (Cap.VI). In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, (Vol. 15, pp.218-223). Rio de Janeiro: Imago, 1974.

Freud, S. (1923). O ego e o id. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, (Vol. 19, pp.32-41). Rio de Janeiro: Imago, 1987.

Gabbard, G. O. (2015). One analyst’s journey into cyberspace. In J. S. Scharff (Ed.), Impact of technology on development, training, and therapy. Psychoanalysis online 2 (Cap. 19, pp. 666-686). London: Karnac.

Green, A. (1975). The analyst, symbolization and absence in the analytic setting. In On private madness (Cap. 2, pp. 30-59). London: Karnac, 1996.

Green, A. (2005). Key ideas for a contemporary psychoanalysis: Misrecognition and recognition of the unconscious. New York/London: Routledge.

Green, A. (2010). Thoughts on the Paris School of Psychosomatics. In M. Aisenstein & E. Rappoport de Aisemberg (Eds.). Psychosomatics today: a psychoanalytic perspective, (pp. 1-46). London: Karnac.

Green, A. (2011). Illusions and disillusions of psychoanalytic work. Londres: Karnac.

Grinberg, L. (1962). On a specific aspect of countertransference due to the patient's projective identification. The Int. J. of Psychoanal., 43: 436-40.

Grotstein, J. S. (1981). A divisão e a identificação projetiva. Rio de Janeiro: Imago, 1985. [Splitting and Projective Identification. New York, NY: Jason Aronson]

Grotstein, J. S. (2005). Projective transidentification: an extension of the concept of projective identification. The Int. J. Psychoanal., 86: 1051-69.

Guerra, V. (2016). Formas de (des)subjetivação infantil em tempos de aceleração : os transtornos de subjetivação arcaica. Revista de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre, 23(1): 137- 158. [Forms of child's (de)subjectivation in frenetic times: disorders of archaic subjectivation]

Hallet, M. (2005). Neuroplasticity and rehabilitation. Journal Rehabilitation Research and Development,42(4): 17-22.

Jacobs, T. J. (2013). The inner experiences of the analyst: Their contribution to the Analytic Process. In The possible profession: the analytic process of change (pp. 35-46). New York/London: Routledge.

Joseph, B. (1983). Sobre o compreender e não compreender: algumas questões técnicas. In Equilíbrio psíquico e mudança psíquica (pp 145-155). Rio de Janeiro: Imago, 1992. [On understanding and not understanding: some technical issues. International Journal of Psychoanalysis]

Joseph, B. (1987). Identificacao projetiva- alguns aspectos clínicos. In E. B. Spillius Melanie Klein Hoje desenvolvimentos da teoria e da técnica, (Vol. 1, Cap., 4, pp. 146-158). Rio de Janeiro: Imago, 1991. [Projective Identification: some clinic aspects. In E. Spillius (Ed.) (1988). Melanie Klein Today: Developments in Theory and Practice. Volume 1: Mainly Theory. London: Routledge, pp. 138-150.]

Kandel, E. (2005). Psychiatry, Psychoanalysis and the new biology of mind. Washington, DC: American Psychiatric Publishing, 2005, 414 pp.

Klein, M. (1957). Envidia y gratitud. Buenos Aires: Aguilar, Altea, Taurus, Alfaguara, 2008. [Envy and Gratitude and Other Works]

Kowacs, C. (2014). Prática psicanalítica, tecnologia e hipermodernidade. Revista de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre, 21(3) [Psychoanalytic practice, technology and hypermodernity]

Kristeva, J. (1989). Life and death of the speech. In Black sun: depression and melancholia. Translated by Leon Roudiez. New York, NY: Columbia University Press. p31-68.

Lemma, A. (2015). A psicanálise em tempos de tecnocultura: algumas reflexões sobre o destino do corpo no espaço virtual. Revista Brasileira de Psicanalise, 49(1): 67-84.

Levine, H. B. (2011). The consolation wich is drawn foram truth: the analysis of a patient unable to suffer experience. In C. Mawson (Ed.), Bion today, (pp. 182-211). Hove: Brunner Routledge.

Levine, H. B. (2012). A tela incolor: representação, ação terapêutica e a criação da mente. Livro Anual de Psicanálise, 28(2): 193-214, 2014.

Levy, R. (2012a). Dando "pensabilidade" ao impensável: criando "andaimes" ao pensar em adolescentes com transtornos severos. Revista Brasileira de Psicanalise, 46(3): 78-89.

Levy, R. (2012b). From symbolizing to non-symbolizing within the scope of a link: from dreams to shouts of terror caused by an absent presence. The Int. J. of Psychoanal., 93(4): pp. 837-62.

Levy, R. (2015). A polifonia da psicanálise contemporânea: as múltiplas linguagens do homem. In T. S. Candi (Org.), Diálogos psicanalíticos contemporâneos: o representável e o irrepresentável em André Green e Thomas H. Ogden. São Paulo: Escuta.

Manfredi, S. T. (1994). Estudo preliminar da identificação projetiva. In As certezas perdidas da psicanálise clínica, (Cap. 4, pp. 71-90). Rio de Janeiro:Imago, 1998.

Marx e Silva, M. (2015). Sensación de absurdo y hemorragia narcisista Estudio clínico-teórico de algunos estados de retraimiento narcisista. Revista Psicoanálisis Sociedades Peruana de Psicoanálisis, 15: 11-35.

Marzi, A. (2013). Psychoanalysis, identity, and internet: explorations into cyberspace. London: Karnac, 2016.

McLuhan, M. (1964). Understanding media: extensions of man. New York, NY: Gingko, 2003.

Meltzer, D. (1975). Dimensionality in mental functioning. In D. Meltzer, et al., Explorations in autism: a psycho-analytical study, (p. 223-238). London: Karnac, 2008.

Money-Kyrle, R. (1956). Normal CT e alguns de seus desvios. In Obra selecionada de Roger Money-Kyrle (pp. 349-360). [The Collected Papers of Roger Money-Kyrle, ed Donald Meltzer and Edna O'Shaughnessy.] São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996.

Money-Kyrle, R. (1977). Sobre ser psicanalista. In Obra selecionada de Roger Money-Kyrle (Cap. 35, pp. 469-477). São Paulo: Casa do Psicólogo, 1996. [The Collected Papers of Roger Money-Kyrle, ed. Donald Meltzer and Edna O'Shaughnessy]

Ogden, T. (1979). On projective identification. Int. J. Psychoanal., 60: 357-373.

Ogden, T. (1996). Os sujeitos da psicanálise. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2003.

Ogden, T. (2012). Sobre três formas de pensar: o pensamento mágico, o pensamento onírico e o pensamento transformativo. Revista Brasileira de Psicanálise, 46: 193-214.

Pally, R. (2000). O processamento das emoções: a conexão mente-corpo. In Livro Anual de Psicanálise, 15: 181-195, 2000.

Prensky, M. (2001). Digital Natives, Digital Immigrants. In On the Horizon. MCB University Press, 9 (5): 1-6.

Rosenfeld, H. (1987). The influence of projective on the analyst's task. In Impasse and interpretation, (P.4, pp. 157-220). New York/London: Routledge, 1990.

Sapisochin, G. (2013). Agieren revisitado: a escuta do enactment. In Livro Anual de Psicanálise, 29: 173-195, 2015; The Int. J. Psychoanal., 94: 967-991, 2013. [Second thoughts on Agieren: Listening to the enacted]

Segal, H. (1977). Contratransferência. In A obra de Hanna Segal, (Cap. 6, pp. 117-125). Rio de Janeiro: Imago, 1983. [Countertransference in International Journal of Psychoanalitic Psychoterapy, 1977]

Serres, M. (2012). A polegarzinha: uma nova forma de viver em harmonia e pensar as instituições, de ser e saber. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013. [Thumbelina The an Technology of Millennials. Rowman & Littlefield International, 2014]

Small, G. W.; Moody, T. D.; Siddarth, P.; Bookheimer, S.Y. (2009). Your brain on Google. Patterns of cerebral activation during the internet searching. In Am. J. Geriatr. Psychiatry, 17(2).

Spillius, E. B. (2012). The emergence of Klein's idea of projective identification in her published and unpublished work. In E. Spillius & E. O'Shaughnessy (Eds.), Projective identification the fate of a concept. Abingdon: Routledge.

Spitz, R. A. (1965). The first year of life: a psychoanalytic study of normal and deviant development of object relations. New York, NY: International Universities Press.

Stadter, M. (2013). The influence of social media and the communications technology on self and relationships. In J. S. Scharff (Ed.), Psychoanalysis online: mental health, teletherapy and training (p. 3-14). London: Karnac.

Stern, D. (2000). El mundo interpersonal del infante. Buenos Aires: Paidós.

Stern, D. et al. (1998). (grupo de estudos do processo de mudança). Mecanismos nãointerpretativos na terapia psicanalítica. “Algo mais” além da interpretação. Livro Anual de Psicanálise, 14: 197-214.

Tukett, D. (1997). Mutual Enactment in the Psychoanalytic Situation. In J. Ahumada, et al., The Perverse Transference and other matters. Essays in honor of R. Horacio Etchegoyen. New York/London: Jason Aronson.

Weiss, H. (2007). Projective identification and working trough of the countertransference: a multiphase model. Int. J. Psychoanal. (2014) 95: 739-756.

Winnicott, D. W. (1956). A preocupação materna primária. In Winnicott, D. W. Da pediatria à psicanálise: obras escolhidas (pp. 399-405). Rio de Janeiro: Imago, 2000.

Winnicott, D. W. (1960). Teoria do desenvolvimento paterno-infantil. In O ambiente e os processos de maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.

Publicado

04-09-2018

Como Citar

Kowacs, C. (2018). Identificação projetiva eletronicamente mediada: O analista e o dialeto virtual. Revista De Psicanálise Da SPPA, 25(2), 395–418. https://doi.org/10.5281/sppa revista.v25i2.373

Edição

Seção

Artigos