O lugar dos pais na psicanálise com bebês e crianças: de coadjuvantes a coatores principais do processo analítico

Autores

  • Maria Cecília Pereira da Silva Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) / International Psychoanalytical Association (IPA).

Palavras-chave:

Pais, Psicanálise infantil, Psicanálise pais-bebês, Construção parental, Técnica

Resumo

Neste trabalho, apresento o lugar dos pais na clínica psicanalítica com bebês e crianças, partindo do texto de Freud sobre o atendimento do pequeno Hans. Descrevo alguns desdobramentos da psicanálise clássica em que os pais eram vistos como coadjuvantes no trabalho com a criança e passaram a ser atores principais na clínica atual.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Cecília Pereira da Silva, Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) / International Psychoanalytical Association (IPA).

Psicanalista, membro efetivo, analista didata, analista de criança e adolescente e docente da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo (SBPSP) / International Psychoanalytical Association (IPA).

Referências

Abram, J. (2000). A linguagem de Winnicott. Revinter.

Almeida, M.M, Silva, M.C.P., Callia, M.M.M (2004). Redes de sentido: evidência viva na intervenção precoce com pais e crianças. Revista Brasileira de Psicanálise, 38(3), 637‑648.

Alvarez, A. (1994). Depressão clínica e desespero: defesas e recuperação. In Alvarez, A. (Ed.). Companhia Viva, (pp. 139-148). Porto Alegre: Artes Médicas.

Aragão, R.O. & Zornig, S.A. (2009). Clínica da relação pais/bebê: novos paradigmas para a psicanálise? Pulsional Revista de Psicanálise, 22(4).

Baranger, W. & Baranger, M. (1962). La situación analítica como campo dinâmico. Revista Uruguaya de Psicoanalisis, 4(1), 3-54.

Barriguete, J.A. et al. (2004). A função do pai: na consulta terapêutica pais-bebês e no tratamento do transtorno alimentar na criança. In Solis-Ponton, L. (Org.). Ser pai, ser mãe: parentalidade: um desafio para o terceiro milênio. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Bick, E. (1967). Notas sobre la observación de lactantes en la enseñanza del psicoanálisis. Revista de Psicoanalisis, 24(1), 97-115. (Trabalho original publicado em 1948)

Bion, W. (1962). Aprendiendo de la experiencia. Buenos Aires: Paidós.

Di Loreto, O.D.M. (1997). Da adoção (e dos erros do pensar) ou dos erros do pensar (e da adoção). Psicologia em Estudo, 2(2), 14-16.

Fraiberg S. (1975) Ghost in the nursery. J. Amer. Acad. Child Psychiat. 14, 387-421.

Freud, S. (1976) Análise de uma fobia em um menino de cinco anos. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, (Vol. X, pp. 13-154). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1909)

Golse, B. (2004). O que nós aprendemos com os bebês? Observações sobre as novas configurações familiares In Solis-Ponton, L. (Org.). Ser pai, ser mãe: parentalidade: um desafio para o terceiro milênio. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Green, A. (1988). O trabalho do negativo. IDE, 16, 24-8.

Lebovici, S. (1993a). Consulta terapeutica madre-lactante. Revista Psicoanalisis APdeBA, 15(1), 125-146.

Lebovici, S. (1993b). On intergenerational transmission: from filiation to affiliation. Infant Mental Health Journal, 14(4), 260-272.

Mélega, M.P. (1998). Intervenções terapêuticas conjuntas pais-filhos. Alter: Jornal de Estudos Psicanalíticos, 17(2).

Meltzer, D. (1979). La psicologia de los estados autistas y de la mentalidad postautista. In Meltzer, D. et al. (Org.). Exploracion del autismo: un estudio psicoanalítico, (pp. 21‑39). Buenos Aires: Paidós.

Meltzer, D. & Harris, M. (1990). Familia y Comunidad: Modelo Harris – Meltzer. Buenos Aires: Spatia Editorial. (Trabalho original publicado em 1986)

T.H. (2013). Ogden lendo Suzan Isaacs: para uma revisão radical da teoria do pensar. In Livro Anual de Psicanálise, (Vol. 27-2, pp. 85-100).

Roussillon, R. (2015). Para introduzir o trabalho sobre a simbolização primária. Revista Brasileira de Psicanálise, 49(1), 33-46.

Silva, M.C.P (2021a). Como tirar proveito de um mau negócio: controvérsias sobre os laços online. Berggasse 19, 11(2).

Silva, M.C.P. & Almeida, M.M. (2019). Infância, vínculos e diversidade profissional: espaços para interlocução. São Paulo: Editora Blucher.

Silva, M.C.P. & Callia, M.M.M. (2011). ¿Qué es lo que hay ahí dentro? relato de una intervención precoz. Psicoanálisis, 23, 45-54.

Silva, M.C.P. (2007). Identificação mórbida: comunicação transgeracional traumatizante. Revista da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre, 14(1), 137-165.

Silva, M.C.P. (2010). A depressão transmitida através da relação de dependência revertida na díade mãe-bebê. Percurso, (44), 125-132.

Silva, M.C.P. (2013). Embalando a relação pais-bebê: oferecendo continência às fantasias parentais. Berggasse 19, 4, p.83-100.

Silva, M.C.P. (2014). A construção da parentalidade em mães adolescentes: um modelo de intervenção e prevenção. Sao Paulo: Escuta.

Silva, M.C.P. (2017). A caixa lúdica do analista: uma reflexão sobre mudanças na teoria da técnica. Revista Brasileira de Psicanálise, 51(4), 71-88.

Silva, M.C.P. (2021b) Psicoterapia psicodinâmica na infância e na adolescência. In Miguel, E.C. et al. (Org.). Clínica psiquiátrica, (2. ed). São Paulo: Manole.

Silva, M.C.P. (2023). A herança psíquica na clínica psicanalítica. São Paulo: Blucher.

Silva, M.C.P., Callia, M.M.M. & Almeida, M.M. (2011). Infantis em psicanálise: o pequeno Hans e os primórdios da intervenção nas relações iniciais pais-bebê/criança. In Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro. Trieb, (Nova Série, Vol. 10, pp. 101-112).

Rio de Janeiro: Imprima Express.

Ungar, V. (2015) O ofício de analista e sua caixa de ferramentas: a interpretação revisitada. Revista Brasileira de Psicanálise, 49(1), 15-32.

Williams, G. (1997) O bebê como receptáculo das projeções maternas. In Lacroix, M.B. & Monmayrant, M. (Org). Os laços do encantamento: a observação de bebês segundo Esther Bick e suas aplicações, (pp. 105-112). Porto Alegre: Artes Médicas.

Winnicott, D.W. (1960/1990) O ambiente e os processos de maturaçã o: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional. Porto Alegre: Artes Médicas. (Trabalho original publicado em 1960)

Winnicott, D.W. (1984) Consultas terapêuticas em psiquiatria infantil. Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1971).

Winnicott, D.W. (1988) Retraimento e regressão a fase de dependência absoluta In Textos selecionados: da pediatria à psicanálise. Rio de Janeiro: Francisco Alves. (Trabalho original publicado em 1954)

Winnicott, D.W. (1994). O medo do colapso. In Winnicott, C. Explorações psicanalíticas. Porto Alegre: Artes Médicas. (Trabalho original publicado em 1963)

Downloads

Publicado

30-10-2023

Como Citar

Silva, M. C. P. da. (2023). O lugar dos pais na psicanálise com bebês e crianças: de coadjuvantes a coatores principais do processo analítico. Revista De Psicanálise Da SPPA, 30(3). Recuperado de https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1181

Edição

v. 30 n. 3 (2023): Bion: transformações, evoluções e expansões I

Seção

Temas diversos

Licença

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Atribuo os direitos autorais que pertencem a mim, sobre o presente trabalho, à SPPA, que poderá utilizá-lo e publicá-lo pelos meios que julgar apropriados, inclusive na Internet ou em qualquer outro processamento de computador.

I attribute the copyrights that belong to me, on this work, to SPPA, which may use and publish it by the means it deems appropriate, including on the Internet or in any other computer processing.

Atribuyo los derechos de autor que me pertenecen, sobre este trabajo, a SPPA, que podrá utilizarlo y publicarlo por los medios que considere oportunos, incluso en Internet o en cualquier otro tratamiento informático.