A interpretação: seus pressupostos teóricos
Resumo
Penso que é importante examinar criticamente, a de forma permanente, os fundamentos da psicanálise a partir de nossa experiência, acreditando que é esta prática que produz o pensamento novo. O desejo de individualizar se, característico do momento histórico que vive nossa civilização, nos leva às vezes a confundir a original idade com o ato criador sem nos questionarmos sobre suas interações, tendo como resultado freqüente desta confusão a produção do esdrúxulo. Recentemente li um ensaio, de Glenn Gould (1991), que discutia a questão da criação a imitação na arte. Ele diz: "Mais uma cultura se encontra misturada aos idiomas a aos traços de expressão que constituem o reservatório artístico de uma dada época, menos provável que, a partir do conhecimento desses idiomas a de suas especificidades expressivas, possa surgir uma criação que seja fundamentalmente outra coisa senão a re distribuição, o re agenciamento de certos princípios seletivos tirados da experiência de outras criações. A originalidade tomada no sentido real do termo, está, em conseqüência, tão afastada como a contrafação do motor dinâmico que se encontra no coração do processo criador. Quais são, então, os atributos mecânicos de um ato criador? Eles não são outra coisa senão reordenação, redistribuição de detalhes que não foram anteriormente apresentados juntos num mesmo contexto." (p. 229). Resulta de considerações desta ordem minha desconfiança de posturas que pretendem ignorar o conhecimento já acumulado, por esta razão, estou me propondo a re examinar a teoria da interpretação em psicanálise a partir de nossa experiência clínica contemporânea.
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Referências
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