Trauma coletivo e o espaço psicanalítico

Autores

  • Shmuel Erlich Sociedade Psicanalítica de Israel

DOI:

https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v15i1.487

Palavras-chave:

Trauma coletivo, Espaço psicanalítico, Objetividade, Subjetividade, Psicanálise em contextos sociais violentos

Resumo

O presente trabalho aborda idéias a respeito da influência de um contexto social traumático, marcado por circunstâncias violentas, sobre a relação entre analista e paciente e sobre o espaço psicanalítico. De acordo com o autor, diferente do trauma vivenciado individualmente, os traumas coletivos referem-se às comunidades e sociedades traumatizadas às quais pertencem tanto o paciente quanto o analista. E, na medida em que são membros da sociedade traumatizada, o trauma afeta a ambos os participantes da relação analítica. A partir desse contexto, o autor procura mostrar de que maneira a convivência cotidiana com mortes, ataques terroristas e massacres, que tem conseqüências sociais bastante complexas, entra nas sessões analíticas. E também como o analista deve estar atento para a complexidade dessa situação, na busca permanente da preservação do espaço psicanalítico. Esses temas são ilustrados com vinhetas clínicas que procuram mostrar como é possível trabalhar com os pacientes após a eclosão de um evento traumático, sublinhando a infindável, rica e desconcertante variedade de formas pelas quais a realidade externa encontra seu caminho no espaço psicanalítico

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Shmuel Erlich, Sociedade Psicanalítica de Israel

Psicanalista Membro Didata da Sociedade Psicanalítica de Israel

Referências

ARLOW, H. (1987). The dynamics of interpretation. In: _____. Psychoanalysis: clinical theory and practice. Madison: International Universities, 1991, p. 381-396.

ARON, L.; BUSHRA, A. (1998). Mutual regression: altered states in the psychoanalytic situation. Journal ofAmerican Psychoanalytic Association. v. 46, n. 2, p. 389-412.

BION, W. (1961). Experiences in groups. London: Tavistock.

BROMBERG, P. (1996). Standing in the spaces: the multiplicity of self and the psychoanalytic relationship. Contemporary Psychoanalysis. v. 32, p. 509-535.

ERLICH, S. (1997). On discourse with an enemy. In: SHAPIRO, E. (ed.). The inner world in the outer world: psychoanalytic perspectives. New Haven: Yale University, p. 123-142.

_____. (1998). On loneliness, narcissism, and intimacy. American Journal of Psychoanalysis. v. 58, n. 2, p. 135-162.

_____. (2002). Reflections on the terrorist mind. IPA Newsletter. Jun. 2002.

_____. (2003a). Experience: what is it? Int. J. Psycho-anal. v. 84, n. 5, p. 1125-1147.

_____. (2003b). Reflection on the terrorist mind. In: VARVIN, S.; VOLKAN, V. (eds.). Violence or dialogue: psychoanalytic insights on terrorism. London: IPA, p. 146-152.

ERLICH, S.; BLATT, S. (1985). Narcissism and object love: the metapsychology of experience. Psychoanalytic Study of the Child. v. 40, p. 57-79.

GROTSTEIN, J. (1981). Do I dare disturb the universe? London: Karnac.

GOULD, L.; STAPLEY, L.; STEIN, M. (2001); The systems psychodynamics of organizations: integrating the group relations approach, psychoanalytic, and open systems perspectives. New York: Karnac.

VIDERMAN, S. (1979). The analytic space: meaning and problems. Psychoanalytic Quaterly. v. 48, n. 1, p. 257-291.

WINNICOTT, D. (1945). Primitive emotional experience. In: _____. Through paediatrics to psycho-analysis. New York: Basic, 1975, p. 145-156.

_____. (1971). Playing and reality. Harmondsworth: Penguin.

Downloads

Publicado

27-03-2020

Como Citar

Erlich, S. (2020). Trauma coletivo e o espaço psicanalítico. Revista De Psicanálise Da SPPA, 15(1), 157–171. https://doi.org/10.5281/sppa revista.v15i1.487