Contribuições à compreensão da experiência puberal
Palavras-chave:
Puberdade, Imagem corporal, Pacientes severamente perturbados, Intersubjetivo, Somatopsíquico, Transferência, Sustentador, SustentaçãoResumo
Continuando a elaboração de idéias metapsicológicas e psicopatológicas referentes à reestruturação do psiquismo na adolescência, neste trabalho o autor sustenta que a angústia que a perda do corpo infantil gera no púbere é o aspecto mais traumático da reativação narcisista durante a segunda elaboração do complexo de Édipo. Afirma que, junto com separar-se de e fazer o luto pelo corpo infantil, o púbere deve suportar o encontro com um corpo novo, duas operações que, por serem divergentes e concomitantes, fazem com que a experiência puberal seja extremamente confusa, estranha e caótica e apresente muitas dificuldades para a sua abordagem, na forma das neuroses atuais. De modo que transpor a experiência puberal somatopsíquica resulta imprescindível para que se instale um processo propriamente adolescente. A afirmação baseia-se na clínica de adolescentes que costumam ser chamados de severamente perturbados. O que se pesquisa nestes pacientes é algum acontecimento puberal com efeito traumático que desencadeou diferentes histórias adolescentes que distorceram e mascararam essa situação traumática. O efeito traumático deve-se sempre a não ter sido possível semantizar em seu momento algo novo, vinculado à imagem corporal e à sua aptidão e funcionamento sexual que se mantém dissociado. Aqui o novo se refere a algo que não está sob o domínio da compreensão por après coup. Daqui se deduz que a puberdade/adolescência é um processo absolutamente intersubjetivo: assim como para o infans humano, é também imprescindível para o púbere o intercâmbio dialético com seu meio imediato e mediato para que possa acontecer algo inédito na subjetivação, algo novo que antes não havia, um fato a partir do qual o que antes existia não será mais o mesmo e que se refere à possibilidade de o indivíduo passar a suportar em si mesmo e enunciar a definição da sua posição sexual no registro simbólico. Na consolidação da exogamia, dar-se-ão as identificações introjetivas, tanto do elaborado da neurose infantil por après coup quanto do novo metabolizado. Durante as mudanças puberais, o jovem, embora silencioso e distraído, desconcentrado, experimenta a asfixiante vivência da perda do corpo conhecido, sem que ainda tenha podido gerar novas fantasias para o novo momento que começou. O autor estuda estes elementos teórico-clínicos à luz do modelo de estruturação psíquica de P. Aulagnier e afirma que, diferentemente do infans, o púbere já conta na psique com os três processos descritos por esta autora, que delimitam três espaços-funções: o originário (a produção pictográfica, o pictograma), o primário (a fantasia, a representação cênica) e o secundário (o pensamento, a representação ideacional). Do modelo aporte-de-dois surgirá um sujeito novo não determinado previamente, ou seja, surgirão novos pictogramas, uma nova entrada em ação e mais tarde um novo sentido. A novidade no púbere é o peso do somático que, mais uma vez, se impõe, à maneira do originário para o infans, ao qual em seguida se somará o primário. A partir desta conceitualização o autor faz uma consideração técnica (AU)
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