Borderline: um paciente sem inconsciente?
Palavras-chave:
Estrutura borderline, Sistema inconsciente, Capacidade intuitivo-emotivaResumo
As idéias desenvolvidas neste artigo partem da hipótese de que, na base das psicopatologias borderline, subjaz um desenvolvimento que não ocorreu, com a consequente deterioração das funções inconscientes, especialmente daquelas que estão na base da conscientização emocional. Por sua vez, o autor parte da premissa que a saúde mental depende da possibilidade de se usar um aparato capaz de conter e manter vivas as as emoções e dar significado à existência. Chama atenção para um elemento clínico que parece comum na patologia borderline, qual seja, a tendência a manter um vínculo de tipo sadomasoquista com os objetos frustrantes. Apresenta exemplos da clínica com pacientes borderline que não chegam à posição depressiva e procuram por toda a vida recompensas e triunfos pelas humilhações sofridas. O trabalho de interpretação, no tratamento psicanalítico, que se realiza de acordo com o método de desenvolvimento das capacidades intuitivas e emotivas, gera a possibilidade de se compreender o que foi recalcado, reintegra o significado perdido dos desejos, pensamentos e impulsos reforçando o Eu (AU)
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