Reconstrução: um conceito que ressurge no cenário psicanalítico

Autores

  • Jussara Schestatsky Dal Zot Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

Resumo

Este trabalho tem por objetivo examinar o conceito de Reconstrução, a forma como Freud o desenvolveu e o entendeu ao longo de sua obra e as prováveis razões que levaram posteriormente ao seu desuso. Tece alguns comentários sobre semelhanças e diferenças entre interpretação e reconstrução; aborda a relação entre a teoria traumática e a reconstrução do trauma e como a mudança de ênfase nos aspectos curativos da psicanálise levou ao progressivo ostracismo dos processos reconstrutivos. é feita uma revisão tanto de autores americanos como ingleses, e conclui se que não há conflito entre interpretar a transferência e reconstruir o passado: a técnica psicanalítica exige que ambas se integrem e se complementem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Jussara Schestatsky Dal Zot , Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

Egressa da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

Referências

BARANGER, M., BARANGER, W. & MOM, J. M., (1988). El trauma psíquico infantil, de nosotros a Freud, Trauma Puro, Retroactividade y Reconstruccion. Libro Anual de Psicoanálisis 1988. Lima: Editorial Monterrico.

BARROS, E. M. R. (1990). O conceito de transferência: uma síntese do ponto de vista kleiniano. Conferência não publicada.

BLUM, H (1980). The value of reconstruction in adult psychoanalysis. Int. J. Psycho Anal., 61: 39 52.

(1986). The concept of the reconstruction of trauma. In The Reconstruction of Trauma. Connecticut, International Univers. Press, Monograph 2, 7 27.

BRENNAM, E. (1980). O valor da reconstrução na psicanálise de adultos. In Melanie Klein: Evoluções. São Paulo: Escuta, 1989, 125 141.

ETCHEGOYEN, H.R. (1987). Fundamentos da Técnica Analítica. Porto Alegre: Artes Médicas.

(1990). Fórum de debate: psicanálise e psicoterapia de orientação analítica semelhanças e diferenças. Rev. Psiquiatria RS, 12 (3): 209 213.

FREUD, S. (1905). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Vol. Vil. Rio de Janeiro, Imago, 1972, 135 238.

(1906). Meus pontos de vista sobre o papel desempenhado pela sexualidade na etiologia das neuroses. In Ed. Standard. Bras. Vol. VII. Rio de Janeiro: Imago, 1972, 279 292.

(1917). Os caminho da formação dos sintomas. Conferência XXIII. In Ed. Standard. Bras. Vol. XVI. Rio de Janeiro: Imago, 1976, 419 439.

(1937). Construções em análise. In Ed. Standard. Bras. Vol. XXIII. Rio de Janeiro: Imago, 1975, 289 304.

(1937a). Análise terminável e interminável. In Ed. Standard Bras. Vol. XXIII. Rio de Janeiro: Imago, 1975, 239 287.

(1939). Moisés e o monoteísmo. In Ed. Standard. Bras. Vol. XXIII. Rio de Janeiro: Imago, 1975,90 99.

(1940). Esboço de psicanálise. In Ed. Standard. Bras. Vol. XXIII. Rio de Janeiro: Imago, 1975, 168 211.

GOMES, R. (1988). Contribuições ao estudo das reconstruções no desenvolvimento do processo analítico. Arquivos SPPA. 1(1): 39 45.

GREENACRE, P. (1975). Sobre Ia reconstruccion. In Diez anos de psicoanálisis in los Estados Unidos (1973 1982). Madrid: Alianza Editorial, 1983.

(1980). A historical sketch of the use and disuse of reconstruction. Psychoanal. Study Child. 35: 35 40.

(1981). Reconstruction: its nature and therapeutic value. J. Am. Psychoanal. Ass. 29: 27 46.

JOSEPH, B. (1985). Transferência: a situação total. In Melanie Klein hoje. Rio de Janeiro: 1 mago, Vol 2: 76 88, 1990.

(1990). Mudança psíquica: Algumas perspectivas. Rev. Bras. Psicoanal. 24: 345 353.

KRIS, E. (1956). The recovery of childhood memories in psychoanalysis. Psychoanal. Study Child. 11: 54:87.

LAPLANCHE, J. & PONTALIS, B. (1967). Vocabulário da psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 1977.

LICHTMANN, A. (1980). Acerca de Ias construcciones in psicoanalisis de adultos. Revista de Psicoanálisis. 515 526.

MALCOLM, R. R. (1986). Interpretação: o passado no presente. In Melanie Klein: Evoluções. São Paulo: Escuta,

MOORE, B.E. & FINE, 13.13. (1992). Termos e conceitos psicanalíticos. Porto Alegre: Artes Médicas.

RANGELL, L. (1980). Critérios contemporâneos in Ia teoria de Ia terapia. In Diez anos de psicoanalisis en los Estados Unidos. Madrid: Alianza Editorial, 221 243, 1983.

RYCROFT, C. (1968). Dicionário crítico de psicanálise. Rio de Janeiro: Imago, 1975.

ROTHSTEIN. A. (1986). Introduction. In The Reconstruction of Trauma. Connecticut: International Univers. Press., Monograph 2: 1 4.

SPILLIUS, E.B. (1988). Introdução. In Melanie Klein hoje. Rio de Janeiro, Imago, vol. 2: 1729, 1990.

STRACHEY, J. (1934). Naturaleza de Ia acción terapêutica dei psicoanálisis. Revista de Psicoanálisis. 5:951 983, 1947.

VOLLMER, G.; ARAúJO, M.; EIZIRIK, C.; GUS, M.; JUCHEM, P.; & MACHADO, S. (1981). Reconstrução em análise: uma revisão do conceito. Documento de Trabalho, Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre.

VOLLMER, G. (1990). Comentário. Revista de psiquiatria RS. 12 (3): 209 213.

Downloads

Publicado

16-06-2023

Como Citar

Schestatsky Dal Zot , J. (2023). Reconstrução: um conceito que ressurge no cenário psicanalítico. Revista De Psicanálise Da SPPA, 1(2), 41–60. Recuperado de https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1128

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)