O fetiche na cultura: desmentida (Verleugnung) estrutural ou patológica?*
Palabras clave:
Fetiche, Desmentida patológica, Desmentida estruturante, Repressão, Fenômenos transicionaisResumen
Observa-se na cultura contemporânea uma tendência a elevar alguns objetos à condição de fetiches. A partir de um referencial psicanalítico, a autora busca compreender o que este fenômeno poderia estar representando. Inicia sua busca em Freud e segue com autores como Chasseguet-Smirgel, Green, Winnicott e outros para a compreensão do fenômeno do fetichismo, sua relação com as angústias de castração e/ou angústias mais primitivas, o uso do mecanismo de defesa da desmentida (Verleugnung). Traça uma relação com o objeto transicional de Winnicott, procurando diferenciar o uso transicional e o uso patológico dos objetos que a cultura oferece. A compreensão do mecanismo da desmentida ao longo do desenvolvimento da teoria psicanalítica foi se ampliando de forma que alguns autores fazem uma distinção entre uma desmentida patológica e uma desmentida estrutural. Quando os objetos são usados de forma criativa e a capacidade simbólica encontra-se preservada, estaria presente uma desmentida estruturante, enquanto que, quando elevamos um objeto ou atividade à condição de fetiche, teríamos uma desmentida patológica. A autora finaliza com uma reflexão a respeito da cultura atual perguntandose em que medida esta favoreceria o uso patológico dos objetos (AU)
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Citas
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