Sobre o jogo do amor e do azar
DOI:
https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v22i3.138Keywords:
jogos de azar, amor, acaso, ideal do eu, DostoievskiAbstract
Este artigo discute o estatuto conferido ao acaso nos jogos de azar e do encontro amoroso faltoso, tendo como paradigma as descrições de Alexis, personagem principal e, em parte, autobiográfico de Dostoiévski em Um jogador (1866b). A atmosfera de apostas e riscos em todos os níveis da trama permite destacar os aspectos em que se entrecruzam o amor e o jogo como no ditado universal: sorte em um, azar no outro. A aposta na transformação (pelo jogo ou pelo amor) e a repetição são, então, discutidas pela via do desejo de reconhecimento e dos conceitos de narcisismo e ideal do eu. São igualmente exploradas as estratégias da posição masoquista da escravidão voluntária, que exibem o jogador como joguete, objeto ordinário. O texto é finalizado com algumas considerações sobre o autor russo e o texto que Freud (1928) a ele consagrou, Dostoiévski e o parricídio.
Palavras-chave: jogos de azar, amor, acaso, ideal do eu, Dostoiévski.
Abstract
Considerations on the game of love and chance
This article discusses the role conferred to chance in gambling and wrongful tryst, taking as a basis the descriptions of Alexis, the main character of Dostoyevsky’s partly autobiographical novel, The gambler (1866b). The atmosphere of bets and risks at all levels of the plot makes it possible to highlight aspects where love and gambling intertwine as the well-known saying goes: lucky at cards, unlucky in love. The bet on transformation (by gambling or by love) and the manifest repetition are then discussed via the desire for recognition and the concepts of narcissism and Ego ideal. Furthermore, the discussion examines the strategies of the masochistic position of voluntary slavery that reveal the player as a plaything, an ordinary object. The article concludes with some considerations on the russian author and the text that Freud (1928) devoted to him, Dostoyevsky and parricide.
Keywords: gambling, love, chance, ego ideal, Dostoyevsky.
Resumen
Sobre el juego del amor y del azar
Este artículo discute el estatuto conferido al acaso en los juegos de azar y del encuentro amoroso faltoso, teniendo como paradigma las descripciones de Alexis, personaje principal y en parte autobiográfico de Dostoiévski en Un jugador (1866b). La atmósfera de apuestas y riesgos en todos los niveles de la trama permite destacar los aspectos en que se entrecruzan el amor y el juego como en el dictado universal: suerte en uno, azar en el otro. La apuesta en la transformación (por el juego o por el amor) y la repetición son así discutidas por la vía del deseo de reconocimiento y de los conceptos del narcisismo e ideal del Yo. Son igualmente exploradas las estrategias de la posición masoquista de la esclavitud voluntaria, que exhiben el jugador como juguete, objeto ordinario. El texto se concluye con algunas consideraciones sobre el autor ruso y el texto que Freud (1928) le consagró, Dostoiévski y el parricidio.
Palabras clave: juegos de azar, amor, acaso, ideal del yo, Dostoiévski.
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