Momentos de des-existir e espaços vazios de des-existência

Autores

  • Carlos Gari Faria Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

DOI:

https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v28i1.806

Palavras-chave:

Pulsão de vida, Pulsão de morte, Investidura, Desinvestidura, Vazios de representação, Hiatos na comunicação

Resumo

A utilização do conceito des-existir, usado por mim neste e em outros trabalhos, resulta de uma necessidade de nomear e delimitar situações em geral transitórias limitadas à esfera psíquica. Diferencia-se do conceito de matar, verbo ativo que implica na ação de um sujeito, seja em termos físicos ou metafóricos. Assim como diferencia-se também do conceito de morrer, ligado a algo mais definitivo em termos naturais ou figurados. Des-existir refere-se a uma situação momentânea, temporária e às vezes prolongada, em que o sujeito entra em processo de falência como sujeito psíquico por desinvestimento. Pode ser des-existido em diferentes graus de apagamento em um espectro que se estende entre a situação ativa de sujeito e a condição passiva de objeto da pulsão de morte.

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Biografia do Autor

Carlos Gari Faria, Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

Membro efetivo e analista didata da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA).

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Publicado

04-04-2021

Como Citar

Faria, C. G. (2021). Momentos de des-existir e espaços vazios de des-existência. Revista De Psicanálise Da SPPA, 28(1), 93–101. https://doi.org/10.5281/sppa revista.v28i1.806