As múltiplas cores do arco-íris: despatologizando a diversidade sexual
DOI:
https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v27i3.757Palavras-chave:
Psicossexualidade, Sexo, Gênero, Despatologização, Diversidade Sexual, HeteronormatividadeResumo
Estamos vivenciando na contemporaneidade a manifestação de uma vasta gama de apresentações da sexualidade, compondo metaforicamente as cores de um arco-íris, como o que é representado nas bandeiras e imagens do movimento LGBTQ+. Muitas dessas configurações sexuais atuais não são novas e estiveram sempre presentes na história da humanidade. Entretanto, tornaram-se novas em sua visibilidade e em suas reivindicações de respeito, compreensão e acolhimento. Por outro lado, as sexualidades, que se mostram tão fluidas e cambiantes, parecem ser de aparição mais contemporânea. O autor propõe-se a questionar porque ocorre uma resistência tão violenta contra as manifestações das diversidades de gênero e de orientação sexual na atualidade. Busca compreender essas resistências nas instituições psicanalíticas e também dentro de nós mesmos. Inicia com a nova visão biomédica e da saúde mental que despatologiza a diversidade sexual. Considera a diferença entre as gerações como um dos fatores envolvidos na resistência às novas apresentações da sexualidade. Salienta a nossa tendência a generalizar e a pensar de maneira binária e não complexa, levando a uma insistência na binaridade sexual. Finalmente, discute a resistência presente nas teorias psicanalíticas que tendem a normatizar a sexualidade, considerando que tanto os analistas como as instituições psicanalíticas persistem ambivalentes em relação a normatizar a sexualidade em oposição a uma visão mais singular e específica de cada pessoa (AU)
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