O protobrincar e o processo de subjetivação: o que isso me ensina?

Autores

  • Nazur Aragonez de Vasconcellos Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)/International Psychoanalytical Association (IPA)

Palavras-chave:

Processo de subjetivação, Brincar, Intersubjetividade, Constituição do sujeito, Ritmicidade, Atitude lúdica

Resumo

O autor estuda o brincar primitivo do bebê, o qual propõe denominar de protobrincar, e sua relação com o processo de constituição do Eu. Esse brincar vai assentar as bases futuras do brincar simbólico da criança mais velha. Traz duas situações do cotidiano, propondo um diálogo entre autores, que vão desde Winnicott até contemporâneos como Rodulfo, Guerra, Roussillon, Golse, entre outros. Por meio da função lúdica, o autor tece considerações sobre o processo de subjetivação inicial que ocorre pelo encontro intersubjetivo com o outro.

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Biografia do Autor

Nazur Aragonez de Vasconcellos, Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)/International Psychoanalytical Association (IPA)

Psiquiatra, Psicanalista da infância e adolescência e membro efetivo da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)/International Psychoanalytical Association (IPA).

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Publicado

27-06-2023

Como Citar

Aragonez de Vasconcellos, N. (2023). O protobrincar e o processo de subjetivação: o que isso me ensina?. Revista De Psicanálise Da SPPA, 30(1), 129–160. Recuperado de https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1163

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