Reconstrução: um conceito que ressurge no cenário psicanalítico
Resumo
Este trabalho tem por objetivo examinar o conceito de Reconstrução, a forma como Freud o desenvolveu e o entendeu ao longo de sua obra e as prováveis razões que levaram posteriormente ao seu desuso. Tece alguns comentários sobre semelhanças e diferenças entre interpretação e reconstrução; aborda a relação entre a teoria traumática e a reconstrução do trauma e como a mudança de ênfase nos aspectos curativos da psicanálise levou ao progressivo ostracismo dos processos reconstrutivos. é feita uma revisão tanto de autores americanos como ingleses, e conclui se que não há conflito entre interpretar a transferência e reconstruir o passado: a técnica psicanalítica exige que ambas se integrem e se complementem.
Downloads
Referências
BARANGER, M., BARANGER, W. & MOM, J. M., (1988). El trauma psíquico infantil, de nosotros a Freud, Trauma Puro, Retroactividade y Reconstruccion. Libro Anual de Psicoanálisis 1988. Lima: Editorial Monterrico.
BARROS, E. M. R. (1990). O conceito de transferência: uma síntese do ponto de vista kleiniano. Conferência não publicada.
BLUM, H (1980). The value of reconstruction in adult psychoanalysis. Int. J. Psycho Anal., 61: 39 52.
(1986). The concept of the reconstruction of trauma. In The Reconstruction of Trauma. Connecticut, International Univers. Press, Monograph 2, 7 27.
BRENNAM, E. (1980). O valor da reconstrução na psicanálise de adultos. In Melanie Klein: Evoluções. São Paulo: Escuta, 1989, 125 141.
ETCHEGOYEN, H.R. (1987). Fundamentos da Técnica Analítica. Porto Alegre: Artes Médicas.
(1990). Fórum de debate: psicanálise e psicoterapia de orientação analítica semelhanças e diferenças. Rev. Psiquiatria RS, 12 (3): 209 213.
FREUD, S. (1905). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Vol. Vil. Rio de Janeiro, Imago, 1972, 135 238.
(1906). Meus pontos de vista sobre o papel desempenhado pela sexualidade na etiologia das neuroses. In Ed. Standard. Bras. Vol. VII. Rio de Janeiro: Imago, 1972, 279 292.
(1917). Os caminho da formação dos sintomas. Conferência XXIII. In Ed. Standard. Bras. Vol. XVI. Rio de Janeiro: Imago, 1976, 419 439.
(1937). Construções em análise. In Ed. Standard. Bras. Vol. XXIII. Rio de Janeiro: Imago, 1975, 289 304.
(1937a). Análise terminável e interminável. In Ed. Standard Bras. Vol. XXIII. Rio de Janeiro: Imago, 1975, 239 287.
(1939). Moisés e o monoteísmo. In Ed. Standard. Bras. Vol. XXIII. Rio de Janeiro: Imago, 1975,90 99.
(1940). Esboço de psicanálise. In Ed. Standard. Bras. Vol. XXIII. Rio de Janeiro: Imago, 1975, 168 211.
GOMES, R. (1988). Contribuições ao estudo das reconstruções no desenvolvimento do processo analítico. Arquivos SPPA. 1(1): 39 45.
GREENACRE, P. (1975). Sobre Ia reconstruccion. In Diez anos de psicoanálisis in los Estados Unidos (1973 1982). Madrid: Alianza Editorial, 1983.
(1980). A historical sketch of the use and disuse of reconstruction. Psychoanal. Study Child. 35: 35 40.
(1981). Reconstruction: its nature and therapeutic value. J. Am. Psychoanal. Ass. 29: 27 46.
JOSEPH, B. (1985). Transferência: a situação total. In Melanie Klein hoje. Rio de Janeiro: 1 mago, Vol 2: 76 88, 1990.
(1990). Mudança psíquica: Algumas perspectivas. Rev. Bras. Psicoanal. 24: 345 353.
KRIS, E. (1956). The recovery of childhood memories in psychoanalysis. Psychoanal. Study Child. 11: 54:87.
LAPLANCHE, J. & PONTALIS, B. (1967). Vocabulário da psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 1977.
LICHTMANN, A. (1980). Acerca de Ias construcciones in psicoanalisis de adultos. Revista de Psicoanálisis. 515 526.
MALCOLM, R. R. (1986). Interpretação: o passado no presente. In Melanie Klein: Evoluções. São Paulo: Escuta,
MOORE, B.E. & FINE, 13.13. (1992). Termos e conceitos psicanalíticos. Porto Alegre: Artes Médicas.
RANGELL, L. (1980). Critérios contemporâneos in Ia teoria de Ia terapia. In Diez anos de psicoanalisis en los Estados Unidos. Madrid: Alianza Editorial, 221 243, 1983.
RYCROFT, C. (1968). Dicionário crítico de psicanálise. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
ROTHSTEIN. A. (1986). Introduction. In The Reconstruction of Trauma. Connecticut: International Univers. Press., Monograph 2: 1 4.
SPILLIUS, E.B. (1988). Introdução. In Melanie Klein hoje. Rio de Janeiro, Imago, vol. 2: 1729, 1990.
STRACHEY, J. (1934). Naturaleza de Ia acción terapêutica dei psicoanálisis. Revista de Psicoanálisis. 5:951 983, 1947.
VOLLMER, G.; ARAúJO, M.; EIZIRIK, C.; GUS, M.; JUCHEM, P.; & MACHADO, S. (1981). Reconstrução em análise: uma revisão do conceito. Documento de Trabalho, Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre.
VOLLMER, G. (1990). Comentário. Revista de psiquiatria RS. 12 (3): 209 213.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Atribuo os direitos autorais que pertencem a mim, sobre o presente trabalho, à SPPA, que poderá utilizá-lo e publicá-lo pelos meios que julgar apropriados, inclusive na Internet ou em qualquer outro processamento de computador.
I attribute the copyrights that belong to me, on this work, to SPPA, which may use and publish it by the means it deems appropriate, including on the Internet or in any other computer processing.
Atribuyo los derechos de autor que me pertenecen, sobre este trabajo, a SPPA, que podrá utilizarlo y publicarlo por los medios que considere oportunos, incluso en Internet o en cualquier otro tratamiento informático.