A construção de caso em psicanálise: o caso como construção psicanalítica
Palavras-chave:
Construção de caso clínico, Caso clínico em psicanálise, Construção psicanalíticaResumo
A construção teórica em psicanálise se dá a partir de achados clínicos de pacientes em tratamento que, usualmente, são comunicados através da publicação de casos. Este artigo apresenta e desenvolve as idéias de Pierre Fédida (1991) e Dominique Thouvenin (1999) acerca do caso clínico, apresentando-o como uma construção que resulta do tratamento psicanalítico e da atividade de supervisão. Fédida retoma as duas grandes contribuições freudianas para a pesquisa/investigação: a metapsicologia, enquanto teoria do inconsciente, e as construções em análise. De Thouvenin destacam-se suas concepções acerca da “propriedade” do caso e das regras aplicáveis à relação entre analisante e analista quanto à publicação de casos decorrentes desta relação. O entrelace entre as idéias de Fédida e Thouvenin é apresentado através de formulações da autora em relação à preocupação ética quanto à publicação de casos com pacientes em tratamento (AU)
Downloads
Referências
BERLINCK, M.T. (1997). O que é Psicopatologia Fundamental. Psicologia Ciência e Profissão, 17 (2), p. 13-20.
CAON, J.L. (1996). Tradição ou pesquisa. In: COUTO, L.F.S. (Editor). Coletâneas da ANPEPP, 1 (16), p. 93-108.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução No. 016 de 2000. Realização de Pesquisas em Psicologia com Seres Humanos.
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE. Resolução MS No. 196 de 1996. Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisas envolvendo Seres Humanos.
CYSSAU, C. (1999). Fonctions théoriques du cas clinique. In: FÉDIDA, P. & VILLA, F. (Editores). Le cas en controverse. Paris: P.U.F., p.59-82.
D’AGORD, M. (2001). Uma construção de caso na aprendizagem. Pulsional Revista de Psicanálise, (140-141), p.12-21.
FÉDIDA, P. (1991). Nome, figura e memória: a linguagem na situação psicanalítica. São Paulo: Escuta.
______. (1994). Metapsicologia e psicopatologia psicanalítica. Questão. Revista da clínica de atendimento psicológico da UFRGS. Porto Alegre, n.1, p. 6-13.
FREUD, S. (1905). Fragmento da análise de um caso de histeria. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. v. 7. Rio de Janeiro: Imago, 1972, p.1-119.
______. (1912). Recomendações aos médicos que exercem psicanálise. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. v. 12. Rio de Janeiro: Imago,
, p.145-159.
______. (1916). Conferências introdutórias sobre psicanálise. Parte II. Sonhos. Conferência VI, Premissas e técnicas de interpretação. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. v. 15. Rio de Janeiro: Imago, 1972, p.105-285.
______. (1919 [1918]). Linhas de progresso na terapia psicanalítica. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. v. 17. Rio de Janeiro: Imago, 1972,
p.198-211.
______. (1937). Construções em análise. In: Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. v. 23. Rio de Janeiro: Imago, 1972, p.289-304.
LAPLANCHE, J. (1993). Problemáticas I. A angústia. São Paulo: Livraria Martins Fontes.
MIRANDA, C.A. (2001). O sonho como instrumento terapêutico em psicopatologia somática. Porto Alegre: UFRGS. Tese de Mestrado.
THOUVENIN, D. (1999). Propriedade/Propriedades do caso em psicanálise. In: FÉDIDA, P. & VILLA, F. (Editores.). Le cas en controverse. Paris: P.U.F., p. 13-28.
Downloads
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Atribuo os direitos autorais que pertencem a mim, sobre o presente trabalho, à SPPA, que poderá utilizá-lo e publicá-lo pelos meios que julgar apropriados, inclusive na Internet ou em qualquer outro processamento de computador.
I attribute the copyrights that belong to me, on this work, to SPPA, which may use and publish it by the means it deems appropriate, including on the Internet or in any other computer processing.
Atribuyo los derechos de autor que me pertenecen, sobre este trabajo, a SPPA, que podrá utilizarlo y publicarlo por los medios que considere oportunos, incluso en Internet o en cualquier otro tratamiento informático.