A criatividade negativa e as doenças psicossomáticas
Palavras-chave:
Ataque ao pensamento, Associação livre corporal, Traumas e dor sem registro, Orfandade mental, Elementos beta, Identificação projetiva massiva ao corpo, Verdade transferencialResumo
Neste trabalho, desenvolvo o problema da criatividade negativa por intermédio de uma perspectiva clínica. Reflexões clínicas e teóricas dão conta da minha concepção do problema e de meu marco referencial. Apresento uma pessoa que padece de uma afecção neurológica de origem auto-imune; por isso, o neurologista inferiu que existia uma indicação psicoterapêutica específica. O paciente, desde o início, deixou explicitado seu profundo ceticismo, baseado nos escassos resultados de um tratamento psicológico anterior. Essa convergência de problemas colocavame diante de uma circunstância original que vinculei com a reação terapêutica negativa em embrião. Isto comprometia gravemente o prognóstico do tratamento futuro. No trabalho, ressalto que, nos pacientes psicossomáticos, é importante que o analista efetue inicialmente (para si mesmo) um relevamento dessa eventualidade. As características que descreve Bion sobre a transferência psicótica são observáveis nas primeiras entrevistas desses pacientes. A importância técnica e teórica do reconhecimento transferencial do movimento
da mente de um analisando, em particular com afecções psicossomáticas,
reside em que o mecanismo mental utilizado para conhecer os acontecimentos que está vivendo no vínculo com seu analista, constitui
um indício fundamental para poder inferir de que modo está dotado, por sua evolução mental, para conhecer a si próprio. A associação livre corporal encontra a verdade por trás da qual naufragou o pensador (AU))
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