Figuras da protomelancolia
Palavras-chave:
Sexualidade e psicose, Tratamento de psicóticos e borderlines, Fase protomelancólicaResumo
O autor, através de exemplos clínicos e da literatura, demonstra como a sexualidade edípica primária está na gênese dos transtornos psicóticos e borderlines, determinando uma resistência a qualquer tratamento. Essa resistência se deve ao poder desses transtornos de disfarçar seu fundamento edípico e de impedir, não só seu curso ou realização, mas a sua representação. A solução edípica pressupõe um luto com uma primeira versão, que ele chama protomelancólica, em que o objeto perdido ainda não é uma sombra, mas permanece confundido com sua figura viva. Nesses casos esse objeto toma posse do eu e ordena seu autossacrifício.
A dificuldade de tratar esses pacientes se deve à emergência necessária, na transferência, dessa fase protomelancólica da fantasia, que ameaça
romper a alteridade do vínculo relacional criado entre o paciente e o terapeuta. O fascínio aterrorizante exercido pelo objeto morto anula a qualidade analítica do analista, neutraliza sua capacidade de continência, faz dele uma figura ameaçadora (AU)
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Referências
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