METAPSICOLOGIA DA NEUROSE TRAUMÁTICA
DOI:
https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v1i1.445Palavras-chave:
Metapsicologia, Neurose traumática, PulsõesResumo
O trabalho possui duas secções. Na primeira se analisa o problema da fixação ao trauma e na segunda se considera a estrutura psíquica. Na primeira parte referida, sobre a fixação ao trauma, depois de distinguir dois valores contraditórios termo fixação na obra de Freud (afixação como organizadora e produtora de caos, respectivamente), o autor investiga a diferença entre dois tipos de trauma, com ou n contra investimento. Destaca que nas neuroses traumáticas a fixação ao trauma este segundo tipo, o que quer dizer, carente de contra investimento. Esse trauma era não só o princípio do prazer senão, também, o da constância, que corresponde à pulsão de autoconservação. Em seguida o autor considera o tipo específico de estímulo incitatório nas neuroses traumáticas. Este é um estímulo mecânico, nãoquímico, o que constitui um ponto de diferença para as neuroses atuais. Ainda que Freud procurou estabelecer nexo entre as incitações mecânicas e as químicas, pulsionais, ambas estimulações diferem, quem sabe a diferença se expresse sobretudo como freqüências. Quanto aos fatores determinantes desta fixação a um ama, o autor sugere quatro alternativas: certos traços em uma pulsão, uma fragilidade psíquica particular, algumas características do sistema neuronal, e, por características peculiares no vínculo familiar. Por fim o autor se refere a que ;tas fixações a um trauma se correlacionam uma alteração da auto conservação ma realidade não qualificada. Na segunda parte, referente a estruturação psíquica, autor se refere primeiro ao terreno das formações substitutivas. Depois de considerados pesadelos e os estados afetivos o autor investiga outras manifestações no um discurso sobre adaptado ou inconsistente, outro catártico, e outro numérico, especulador. Em seguida se estende na análise de três traços de caráter conjugados: um abúlico, outro cínico e um terceiro viscoso. Estabelece nexo entre es traços de caráter, os processos identificatórios e as vicissitudes pulsionais, acionadas com a fixação ao trauma. O autor centra o núcleo da patologia em um deixar se morrer, expressado como dissolução cínica de todo o projeto genuíno em mesmo e nos demais, como apego do ego a um sujeito que só espera aboli lo. Com relação aos mecanismos em jogo, o autor faz referências às defesas da pulsão de morte ante Eros estudando em seguida certos mecanismos egóicos. Por um lado, destaca uma regressão a uma perturbação no ego real primitivo. Por outro, se refere desmentida do afeto. Estas neuroses traumáticas podem perpetuar se como neuroses tóxicas graças a uma transformação da incitação mecânica em estímulo mico, pulsional. Enquanto mantém em vigência a neurose traumática, o mundo tóxico fica projetado, e falta ao ego o seu fundamento no quimismo pulsional, é cível que exista um mecanismo pulsional consistente em transformar o químico mecânico, como modo de perpetuar o trauma. A defesa consiste em desestruturar pulsão de auto conservação, talvez com uma desarticulação específica da constância neuronal
Abstract
This paper is in two parts. I n the first the problem of trauma fixation is analyzed, and, in the second the psychic structure is considered. In the first part mentioned, regarding trauma fixation, after distinguishing two contradictory values of the term fixation in the work of Freud (fixation as an organizei and as a producer of chaos, respectively), the author investigates the difference between two types of trauma, with or without counter investment. He stresses that, in traumatic neuroses, the trauma fixation is of the second type, which means that it lacks counter investment. This trauma changes not only the pleasure principie, but also that of constancy, which corresponds to the selfpreservation pulsion. Next the author considera the specific type of incitatory stimulus in traumatic neuroses. Although Freud tried to establish a nexus between the mechanical and the chemical pulsional incitements, both stimuli differ, and possibly the difference is expressed mainly in the form of frequencies. As to the factors determining this fixation to a trauma, the author suggests four alternatives: certain traits in a pulsion, specific psychic fragility, some characteristics of the neuronal system and, finally, specific characteristics of the family bond. Lastly, the author refers to the fact that these fixations to a trauma are correlated with a change in self preservation and non qualified reality. In the second part, regarding
psychic structuring, the author refers first to the area of substitutive formations. After considering nightmares and affective states, the author investigates other manifestations such as an overadapted or inconsistent discourse, another cathartic one, and another numerical, speculative one. Then, he goes on to analyze three joined character traits: one abulic, another cynical, and a third, viscous. He establishes a nexus between these character traits, the identification processes and the pulsional vicissitudes related to a trauma fixation. The authorcenters the nucleus of the pathology on a letting oneself die, expressed as the cynical dissolution of the whole project which is genuine in itself and in others, such as attachment of the ego to a subject who only expects to abolish it. As regards the mechanisms involved, the author refers to the defenses of death pulsion, when facing Eros, and then studies certain egoic mechanisms. On the one hand he emphasizes a regression to a disturbance in the real primitive ego. On the other, he refers to a disestimation of the affect. These traumatic neuroses may perpetuate themselves as toxic neuroses, thanks to a transformation of the mechanical incitation finto chemical, pulsional stimulus. While the traumatic neuroses still is in force, the toxic world is projected, and the ego lacks its foundation in the pulsional chemistry, it is possible that a
pulsional mechanism exists, which consists of transforming what is chemical into mechanical, as a way of perpetuating trauma. The defense consists of destructuring the self conversation pulsion, possibly with a specific disarticulation of the neuronal
constancy
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