Compreendendo Dora através do enactment

Autores

  • Ana Cláudia Zuanella

Palavras-chave:

Caso Dora, Enactment, Desmentido, Perversão

Resumo

Diante da sua inquietação ao se deparar com um caso clínico em que o analista não deu ouvidos ao relato de um abuso sexual cometido contra a paciente, a autora vai em busca de respostas capazes de ajudá-la a entender o que se passou nesse tratamento. Organiza suas hipóteses em torno de quatro eixos: o que o analista pretendia mostrar com o caso, em que contexto ele foi escrito, qual a relação contratransferencial estabelecida e quais fenômenos clínicos responderiam pela dinâmica analítica. Utilizando autores como Freud, Ferenczi e Cassorla, a autora tenta dar outra possibilidade de escuta a essa paciente cuja fala foi ignorada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Almeida, M. C. C. (2021). Revisitando Dora II [Comunicação apresentada no encontro]. Encontro promovido pelo COWAP, coordenado por Rosa Lang.

André, J. (2020). A feminilidade de Dora. In D. Z. Lora & S. M. Silva (Orgs.) Retornos do Caso Dora, (pp. 23-35). Porto Alegre: Artes e Ecos.

Appignanesi, L. & Forrester, J. (2010). As mulheres de Freud. Rio de Janeiro: Record.

Benjamin, J. (2009). A relational psychoanalysis perspective on the necessity of acknowlwdging faillure in order to restore the facilitating and containing features of the intersubjective relahionship (the shared third). International Psychoanalytical Journal (90), 441-450.

Bernheimer, C. & Kahane, C. (1990). In Dora’s case: Freud – Hysteria – Feminism (2. ed.) New York: Columbia University Press.

Bizzi, I. Z. (2018). Subjetividade do analista: a contratransferência revisitada. Revista Multiverso 1(1), 127-139.

Boesky, D. (1990). The Psychoanalytical process and its componentes. Psychoanalytical Quartely (59), 550-584.

Bohleber, W. et al. (2015). Para o melhor uso dos conceitos psicanalíticos: modelo ilustrado com o conceito de enactment. In Livro Anual de Psicanálise XXIX, (pp. 251-280). São Paulo: Escuta.

Cassorla, R. M. S. (2015). O psicanalista, o teatro dos sonhos e a clínica do enactment. Londres: Karnac Books.

Decker, H. S. (1991). Freud, Dora, and Vienna 1900. New York: Free Press.

Evzonas, N. (2020). As múltiplas confusões de línguas de Sándor Ferenczi e como influenciaram o pensamento psicanalítico. In Livro Anual de Psicanálise XXXIV-2, (pp. 371-391). São Paulo: Escuta.

Ferenczi, S. (2011a). Análises de crianças com adultos. In S. Ferenczi, Obras completas psicanálise IV, (pp. 79-95). São Paulo: WMF Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1931).

Ferenczi, S. (2011b). Confusão de língua entre os adultos e a criança. In S. Ferenczi, Obras completas psicanálise IV, (pp. 112-121). São Paulo: WMF Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1932).

Freud, S. (2006). A divisão do Ego no processo de defesa. In S. Freud, Edição standard brasileira das obras completas de Sigmund Freud (Vol. 23, pp. 291-296). Rio de janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1940[1938]).

Freud, S. (2014). O fetichismo. In S. Freud, Obras completas (Vol. 17, pp. 302-310). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1927).

Freud, S. (2016). Análise fragmentária de um caso de histeria. In S. Freud, Obras completas (Vol. 6, pp. 173-320). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1905).

Freud, S. (2019). A interpretação dos sonhos. In S. Freud, Obras completas (Vol. 4, pp. 10-728). São Paulo: Companhia das Letras. (Trabalho original publicado em 1900).

Goldberg, A. (2002). Enactment as understanding and misunderstanding. Journal of American Psychanalytical Association, (50), 869-883.

Heimann, P. (1950). On countertransference. International Journal of Psychoanalysis, 31(1), 81-84.

Hurni, M. & Stoll, G. (2013). Le mystère Freud: psychanalyse et violence familiale. Paris: L’Harmattan.

Jones, E. (1979). Vida e obra de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Guanabara.

Klein, M. (1957). Inveja e gratidão. Rio de Janeiro: Imago, 1991.

Klein, M. (1975). Amor, culpa e reparação. Rio de Janeiro: Imago, 1996.

Lichtenberg. J. (2005). Freud and Dora:100 years later. Psychoanalytic Inquiry, 25(1), 1-115.

Masson, J. M. (1986). A correspondência completa de Sigmund Freud para Wilhelm Fliess – 1887-1904. Rio de Janeiro: Imago.

Loewald, H. W. (1975). Psychoanalysis as an art and the fantasy character of psychoanalytic situation. Journal of American Psychoanalytic Association, 23(2), 277-299.

Lora, D. Z. & Silva, S. M. (2020). Retornos ao caso Dora. Porto Alegre: Artes e Eccos.

Mahony, P. J. (2001). Dora s’en va: violence dans la psychanalyse. Paris: Les empêcheurs de penser en rond.

Mahony, P. J. (1996). Freud’s Dora: a psychoanalytical, historical, and textual study. New Haven: Yale University Press

Ogden, T. H. (2022). Como eu falo com meus pacientes. Revista Multiverso (5), 140-157.

Ornstein, P. H. (2005). When Dora “came” to see me for a second analysis. Psychoanalytic Inquiry – Freud and Dora:100 years later (25) 1, 94-114.

Paim Filho, I. A. (2024). [Comunicação pessoal].

Queiroz, E. F. (2014). Metodologia. [Comunicação pessoal]. Matéria cursada no Mestrado de Psicologia clínica com ênfase em psicopatologia fundamental e psicanálise.

Racker, H. (1982). Estudos sobre a técnica psicanalítica. Porto Alegre: Artes Médicas. (Trabalho original apresentado em 1953).

Renik, O. (1993). Analytic interaction: conceptualizing techinique in light of the analyst’s irreducible subjectivity. Psychoanalytical Quaarterly (62), 553-557.

Rocha, N. J. N. (2009). Enactment: modelo para pensar o processo psicanalítico. Revista Brasileira de Psicanálise, 43(2), 173-182.

Sandler, J. (1976). Countertransference and role-responsiveness. The International Journal of Psychoanalysis, 3, 43-47.

Sapisochin, G. (2021). Enactement: a escuta dos gestos psíquicos. In Livro Anual de psicanálise XXXV, (pp. 95-119). São Paulo: Escuta.

Zygouris, R. (2003). O vínculo inédito. São Paulo: Escuta.

Publicado

11-10-2024

Como Citar

Zuanella, A. C. (2024). Compreendendo Dora através do enactment. Revista De Psicanálise Da SPPA, 31(3). Recuperado de https://revista.sppa.org.br/RPdaSPPA/article/view/1198