Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise, cem anos depois

Autores

  • Luiz Carlos Mabilde Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

DOI:

https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v19i1.601

Palavras-chave:

Transferência, Contratransferência, Recomendações

Resumo

“Freud (1895) começou a discutir a técnica psicoterapêutica muito cedo, nos casos clínicos dos Estudos sobre histeria. Bem mais tarde, já idoso, Freud (1937a; 1937b) ainda escreveu sobre o tema” (Gay, 1988, p. 274). Ele passou por três distintas fases ao se defrontar com a questão da técnica psicanalítica. Na primeira, ele era dotado de um estilo autoritário (vide o caso Dora) e de uma confiança quase arrogante em seus poderes curativos (por exemplo, teria curado Katharina em uma única sessão).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Luiz Carlos Mabilde, Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

Membro efetivo e analista didata da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

Referências

ALEXANDER, F.; FRENCH, T. (1946). Psychoanalytic therapy. New York: Ronald.

ATWOOD, G. E.; STOLOROW, R. D. (1984). Structures of subjectivity: explorations in psychoanalytic phenomenology. Hillsdale: Analytic.

BALINT, M. (1936). The final goal of psychoanalytic treatment. Int. J. Psychoanal. v. 17, p. 206-216.

. (1950). Changing therapeutical aims and techniques in psychoanalysis. Int. J. Psychoanal. v. 31, p. 117-124.

BALINT, M.; BALINT, A. (1939). On transference and countertranference. Int. J. Psychoanal. v. 20, p. 223-230.

BION, W. R. (1959). Attacks on linking. Int. J. Psychoanal. v. 40, p. 308-315.

. (1962). Learning from experience. London: Heinemann.

CUSHMAM, P. (1994). Confronting Sullivan’s spider-hermeneutics and politics of therapy. Contemp. Phychoanal. v. 30, p. 800-844.

FELDMAN, M. (1993). The dynamics of reassurance. Int. J. Psychoanal. v. 74, p. 275-285.

FERENCZI, S. (1988). The clinical diary of Sándor Ferenczi. Cambridge, MA: Harvard Univ.

FONAGY, P. (1991). Thinking about thinking: some clinical and theoretical considerations in the treatment of a borderline patient. Int. J. Psychoanal. v. 72, p. 639-656.

FREUD, S. (1895). Estudos sobre a histeria. In: Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. v. 2. Rio de Janeiro: Imago, 1972.

. (1909). Notas sobre um caso de neurose obsessiva. In: Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. v. 10. Rio de Janeiro: Imago, 1972.

. (1910). Psicanálise silvestre. In: Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. v. 11. Rio de Janeiro: Imago, 1972.

. (1912). Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise. In: Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. v. 12. Rio de Janeiro: Imago,

. (1937a). Análise terminável e interminável. In: Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. v. 23. Rio de Janeiro: Imago, 1972.

. (1937b). Construções em análise. In: Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. v. 23. Rio de Janeiro: Imago, 1972.

GAY, P. (1988). Freud: uma vida para o nosso tempo. São Paulo: Schwarcz, 1989.

HEIMANN, P. (1950). On countertransference. Int. J. Psychoanal. v. 31, p. 81-84.

HINSHELWOOD, R. Dona. (2001). Contratransferência. Livro Anual de Psicanálise, v. 15, p. 161-182.

KERNBERG, O. (1965). Notes on countertransference. J. Amer. Psychoanal. Assn. v. 13, p. 38-56.

KOHON, G. (1986). The british school of psychoanalysis: the independent tradition. London; New York: Free Association Books.

KOHUT, H. (1971). The analysis of the self. New York: Int. Univ. Press.

LACAN, J. (1951). Intervention sur le transfer. In: Écrits. Paris: Seuil, 1966, p. 215-226.

. (1966). Écrits. Paris: Seuil.

. (1977). Écrits. A selection. London: Routledge.

LEVENSON, E. A. (1984). Harry Stack Sullivan: the web and the spider. Contemp. Psychoanal. v. 20, p. 174-188.

LIPTON, S. D. (1977). The advantages of Freud’s technique as show in his analysis of the rat man.

Int. J. Psychoanal. v. 58, p. 255-273.

LITTLE, M. (1951). Counter-transference and the patient’s response to it. Int. J. Psychoanal. v. 32, p. 32-40.

MABILDE, L. C. (1989). Conceito de relação de objeto em psicanálise: estudo teórico-evolutivo. Trabalho apresentado em evento na SPPA, agosto de 1989.

. (1993). Conceito de relação de objeto em psicanálise: as perspectivas de Freud e M. Klein. Rev. Psic. SPPA. v. 1, n. 1, p. 53-71.

. (2003). A psicanálise pode não ser intersubjetiva? Rev. Bras. Psic. v. 37, n. 2/3, p. 299-310.

. (2009). Evolução da técnica psicanalítica. Rev. Bras. Psicoterapia. v. 11, n. 2, p. 161-181.

MONEY-KYRLE, R. (1956). Normal counter-transference and some of its deviations. Int. J. Psychoanal. v. 37, p. 360-366.

O’SHAUGHNESSY, R. (1992). Enclaves and excursions. Int. J. Psychoanal. v. 73, p. 603-611.

OGDEN, T. (1994). The analytic third: working with inter-subjective clinical facts. Int. J. Psychoanal. v. 75, p. 3-19.

RACKER, H. (1957). The meanings and uses of countertransference. Psychoanal. Q. v. 26, p. 303-356.

RAYNER, E. (1991). The independent mind in british psychoanalysis. London: Free Association Books.

RENIK, O. (1993). Analytic interaction: conceptualizing technique in light of the analyst’s irreductible subjectivity. Psychoanal. A. v. 62, p. 553-571.

ROSENFELD, H. (1987). Impasse and interpretation. London: Routledge.

SANDLER, J. (1976). Countertransference and role-responsiveness. Int. Rev. Psychoanal. v. 3, p. 43-47.

. (1993). On communication from patient to analyst: not everything is projective identification. Int. J. Psychoanal. v. 74, p. 1097-1107.

SEARLES, H. (1959). The effort to drive the other person crazy. In: Collected Papers on Psychoanalysis and Related Subjects. New York: Int. Univ.

SEGAL, H. (1975). A psychoanalytic approach to the treatment of schizophrenia. In Studies of Schizophrenia. Ed. Malcolm Lader. Ashford: Headley, p. 94-97.

SPILLIUS, E. (1992). Clinical experiences of projective identification. In: Clinical Lectures on Klein and Bion. Ed. R. Anderson, London: Routledge, p. 59-73.

STEWART, H. (1996). Michael Balint. London: Routledge.

STOLOROW, R. et al (1987). Psychoanalytic treatment: an intersubjective approach. Hillsdale, NJ: Analytic.

. (1969). The use of an object. Int. J. Psychoanal. v. 50, p. 711 716.

. (1971). Playing and reality. London: Tavistock.

. (2006a). Método analítico: Freud na atualidade. Rev. Psic. da SPPA, v. 14, p. 465-474, 2008.

. (2006b). O método analítico como fator unificador entre teorias múltiplas e técnicas distintas. Psicanálise. v. 10, n. 2, 2008, p. 403-475.

Publicado

22-08-2020

Como Citar

Mabilde, L. C. (2020). Recomendações aos médicos que exercem a psicanálise, cem anos depois. Revista De Psicanálise Da SPPA, 19(1). https://doi.org/10.5281/sppa revista.v19i1.601