O acting-in como eixo de um processo mutacional no tratamento analítico

Autores

  • Lila Hoïjman Sociedade Psicanalítica de Paris (SPP)

DOI:

https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v15i2.583

Palavras-chave:

Acting-in, Figurabilidade, Reação terapêutica negativa, Escuta analítica, Elaboração

Resumo

Este texto é o fruto de uma longa reflexão teórico-técnica que começou pelos avatares que se produzem em um tratamento analítico. A articulação teórico-clínica é o objeto deste trabalho. Durante uma sessão, e após vários anos de tratamento, uma paciente fez um acting-in de grande violência. Foi a análise e a compreensão deste ato que permitiram que a recordação de uma experiência muito antiga emergisse e que o processo de elaboração se instalasse no tratamento. Esse processo teve como ponto de partida um Agieren. Foi o princípio de um movimento mutacional fecundo, que teve um resultado favorável. Após esse momento crítico, foi possível resolver uma reação terapêutica negativa e o processo analítico se reativou. Este processo foi possível após a união e a articulação, no pensamento da analista, do acting-in da paciente e de uma figurabilidade enigmática que a havia invadido ao finalizar a primeira entrevista com esta paciente e que havia esquecido até esse momento. A compreensão de um esclarecia o sentido do outro e vice-versa. O movimento regressivo do pensamento da analista, que adquiriu a forma de uma figurabilidade desagradável, aparece aqui como uma resposta contratransferencial ao fracasso da figurabilidade e à impossibilidade de elaboração da paciente. Durante a primeira entrevista, a analista havia percebido, de maneira fugaz e intuitiva, elementos fundamentais denegados e escindidos pela paciente, que surgiram no pensamento da analista através dessa figuração. O acting-in da paciente era a encenação das vivências arcaicas e devastadoras do infans. A articulação e a união destes dois movimentos opostos, acting-in/figurabilidade, no pensamento da analista, permitiram dar um sentido novo e o nascimento de uma construção em comum (AU)

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Biografia do Autor

Lila Hoïjman, Sociedade Psicanalítica de Paris (SPP)

Psicanalista Membro Associado da Sociedade Psicanalítica de Paris.

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Publicado

16-08-2020

Como Citar

Hoïjman, L. (2020). O acting-in como eixo de um processo mutacional no tratamento analítico. Revista De Psicanálise Da SPPA, 15(2), 311–323. https://doi.org/10.5281/sppa revista.v15i2.583

Edição

Seção

Artigos