Método Esther Bick: Observação dos fenômenos transicionais, durante o primeiro ano de vida

Autores

  • Walter José Martins Migliorini Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo; Departamento de Psicologia Clínica Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Letras, Assis https://orcid.org/0000-0002-5665-6936

DOI:

https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v27i2.460

Palavras-chave:

Esther Bick, Objeto transicional, Observação psicanalítica, Símbolo

Resumo

O conceito de objeto transicional inaugurou, na psicanálise, a investigação do uso simbólico de objetos pelo bebê em suas primeiras experiências de separação. Outras facetas do papel da materialidade e de sua importância no desenvolvimento emocional e na clínica são exploradas em conceitos como objeto precursor, objeto autístico, objeto reconfortante, objeto acessório, objeto tutor, objeto testemunho e objeto de mediação. O objetivo do presente artigo é apresentar uma visão geral desses estudos e mostrar dados sobre a observação de um bebê prematuro pelo Método Esther Bick. A constituição, perda ou recuperação da experiência de transicionalidade – sob a perspectiva do desenvolvimento do uso dos objetos inanimados – indicam um papel marcadamente ativo do bebê na experiência de sustentar o jogo com sua mãe e, na ausência desta, em interagir com objetos tutores (AU)

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Walter José Martins Migliorini, Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo; Departamento de Psicologia Clínica Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Letras, Assis

Doutor em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (1999) e docente na Universidade Estadual Paulista (Unesp), Faculdade de Ciências e Letras, Assis. Sua experiência profissional é na área clínica, com ênfase em Tratamento e Prevenção Psicológica e Desenvolvimento Emocional. Atualmente é membro filiado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo .

Referências

Bernardi, R. (2017). Que tipo de disciplina é a psicanálise? Livro Anual de Psicanálise, XXXI(1), 129-152.

Bick, E. (1964). Notas sobre la observación de lactantes en la enseñanza del psicoanálisis. Revista de psicoanálisis, 24, 4.

Bick, E. (1968). The experience of the skin in early object-relations. The International Journal of Psychoanalysis.

Bick, E. (1986). Further considerations on the function of the skin in early object relations. British journal of psychotherapy, 2(4), 292-299.

Caron, N. A., & Lopes, R. d. C. S. (2014). Aprendendo com as mães e os bebês sobre a natureza humana e a técnica analítica. Porto Alegre: Dublinense.

Gimenez, G. (2003). Resumen. Revue de psychothérapie psychanalytique de groupe, n° 41(2), 41-62.

Golbiner, W. G. (1965). A escola de psicologia genética de Genebra e a psicanálise: paralelos e equivaências. In R. Spitz (Ed.), O primeiro ano de vida: Um estudo psicanalítico do desenvolvimento normal e anômalo das relações objetais. São Paulo: Martins Fontes.

Grotstein, J. S. (1981). Splitting, the background object of primary identification and other self-object. In J. S. Grotstein (Ed.), Splitting and projective identification (pp. 77-89). New York: Jason Aronson.

Guerra, V. (2013). Palavra, ritmo e jogo: fios que dançam no processo de simbolização. Revista de Psicanálise da SPPA, 20(3).

Guerra, V. (2017). Simbolização e objetos na vida psíquica: os objetos tutores. Jornal de Psicanálise, 50(92), 267-287.

Guerra, V. (s/d, s/d). O ritmo na vida psíquica: entre perda e re-encontro. Uruguay.

Haag, M., Haag, Geneviève. (1997). De colóquio em colóquio, por que esse sucesso? In M.-B. Lacroix, Monmayrant, Maguy (Ed.), Os laços do encantamento: A observação de bebês, segundo Esther Bick, e suas aplicações. Porto Alegre: Artmed.

Herrmann, F. (2008). Investigação psicanalítica. Construção do objeto: distinção e contágio. In M. P. Mélega & M. C. Sonzogno (Eds.), O olhar e a escuta para compreender a primeira infância. São Paulo: Casa do psicólogo.

Migliorini, W. J. M. (2014). O objeto transicional pode ser uma pessoa? Teoria e clínica/Can the transitional object be a person? Theory and clinic. Winnicott ePrints. Revista Internacional de Psicanálise Winnicottiana, 9(2), 30-48.

Oliveira-Menegotto, L. M., Lopes, R. d. C. S., & Caron, N. A. (2010). O método Bick de observação da relação mãe-bebê: aspectos clínicos. Psicologia Clínica, 22(1), 39-55.

Pérez-Sánchez, M. (1997). A observação de bebês, segundo Esther Bick, uma pauta musical. In M.-B. Lacroix, Monmayrant, Maguy (Ed.), Os laços do encantamento: A observação de bebês, segundo Esther Bick, e suas aplicações. Porto Alegre: Artes médicas.

Safra, G. (2004). A vassoura e o divã. Carta 52: Cadernos da Sociedade Psicanalítica da Paraíba, 02(mar).

Vivian, A. G. (2006). O desenvolvimento emocional de um bebê em uma família numerosa: uma aplicação do método Bick.

Winnicott, D. W. (1951/1975). Objetos transicionais e fenômenos transicionais. In D. W. Winnicott (Ed.), Da Pediatria à Psicanálilse. Rio de Janeiro: Imago.

Wulff, M., & Gurfinkel, D. (2008). Fetichismo e escolha de objeto na primeira infância. Percurso, 40(junho), 40-49.

Publicado

18-09-2020

Como Citar

Migliorini, W. J. M. (2020). Método Esther Bick: Observação dos fenômenos transicionais, durante o primeiro ano de vida. Revista De Psicanálise Da SPPA, 27(2), 507–519. https://doi.org/10.5281/sppa revista.v27i2.460

Edição

Seção

Artigos