Poltrona elástica? Divã transicional? Reflexões sobre a minha poltrona giratória

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v27i2.394

Palavras-chave:

Psicanálise, Técnica psicanalítica, Winnicott, Transicional, Contratransferência, Casos regressivos

Resumo

Unindo sua experiência clínica nas áreas da anestesiologia e da psicanálise, e ilustrando o artigo com vinhetas, a autora relata, reflete e propõe fundamentos teóricos para o uso de sua poltrona reclinável e giratória, a qual foi se revelando, no atendimento de determinados tipos de situações clínicas, uma útil e rica proposta técnica em potencial. Cogita que, por sua mobilidade, a poltrona giratória possa se relacionar com a função transicional de unir e separar, usando a experiência da ilusão na análise de aspectos regressivos da personalidade quando se acessam núcleos ainda psiquicamente prematuros. Ampara-se em Ferenczi, Green, Roussillon, Ogden, Gabbard, Ferro, entre outros, com ênfase nos fenômenos transicionais de Winnicott, para embasar suas ideias sobre a ferramenta, que viria a ser e não ser poltrona e ser e não ser divã. Ao final, a autora reflete se a poltrona giratória poderia ser pensada como um divã transicional (AU)

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Biografia do Autor

Ana Lúcia Monteiro Oliveira, SPPA

Psiquiatra, membro aspirante da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA).

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Publicado

18-09-2020

Como Citar

Oliveira, A. L. M. (2020). Poltrona elástica? Divã transicional? Reflexões sobre a minha poltrona giratória. Revista De Psicanálise Da SPPA, 27(2), 521–543. https://doi.org/10.5281/sppa revista.v27i2.394

Edição

Seção

Artigos