Odeio, então, existo! Fanatismo, uma linguagem (possível?) ao narcisismo de morte

Autores

  • Carlos Augusto Ferrari Filho Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

DOI:

https://doi.org/10.5281/sppa%20revista.v24i3.333

Palavras-chave:

fanatismo, ódio, narcisismo, narcisismo de morte

Resumo

Os fantasmas da intolerância e do radicalismo uma vez mais voltam a assombrar. A partir de uma tentativa de compreensão do fanatismo dentro de uma abordagem psicanalítica, examina-se o papel do ódio nas relações de objeto entre indivíduos e, portanto, também na cultura como elemento modulador dessa guinada em direção à intolerância nos anos 2000. Utilizam-se como elemento clínico algumas ideias do escritor israelense Amós Oz extraídas de sua obra Sobre la naturaleza del fanatismo (2011). À luz da metapsicologia estudam-se os seguintes fatores: a) narcisismo; b)masoquismo primário e sadismo; c) relações entre o Ego e um Superego cruel, com ênfase na possível influência desses três fatores na gênese do pensamento fanático. Examina-se também o potencial sublimatório da empatia em relação ao suposto inimigo como elemento capaz de relativizar o fanatismo, por exemplo, quando se faz uso do humor.

Palavras-chave: fanatismo, ódio, narcisismo, narcisismo de morte.

 

I hate, then, I exist! Fanaticism, a language (possible?) to narcissism of death

The ghosts of intolerance and radicalism once again come to haunt. From an attempt to understand fanaticism within a psychoanalytic approach, the author examines the role of hate in the object relations between individuals and, therefore, also in culture, as a modulating element of this turn towards intolerance in the years 2000. The author, as a clinical element, some ideas of the Israeli writer Amós Oz extracted from his work On the nature of fanaticism (2011). From a metapsychological perspective the following factors are studied: a) narcissism; b) primary masochism and sadism; and c) relations between the Ego and a cruel Superego, with emphasis on the possible relation between them and the genesis of fanatical thinking. It also examines the sublimatory potential of empathy over the supposed enemy as an element capable of relativize fanaticism, such as when one makes use of humor.

Keywords: fanaticism, hate, narcissism, death narcissism.

 

¡Odio, entonces, existo! Fanatismo, un lenguaje (¿posible?) al narcisismo de muerte

Los fantasmas de la intolerancia y del radicalismo una vez más vuelven a asombrar. A partir de un intento de comprensión del fanatismo dentro de un enfoque psicoanalítico, se examina el papel del odio en las relaciones de objeto entre individuos y, por lo tanto, también, en la cultura, como elemento modulador de ese giro hacia la intolerancia en los años 2000. Utiliza como elemento clínico algunas ideas del escritor israelí Amós Oz extraídas de su obra Sobre la naturaleza del fanatismo (2011). A la luz de la metapsicología se estudian los siguientes factores: a) narcisismo; b) masoquismo primario y sadismo; c) relaciones entre el Ego y un Superyó cruel, con énfasis en la posible relación entre éstos y la génesis del pensamiento fanático. Se examina también el potencial sublimatorio de la empatía en relación al supuesto enemigo como elemento capaz de relativizar el fanatismo, por ejemplo, cuando se hace el uso del humor.

Palabras clave: fanatismo, odio, narcisismo, narcisismo de muerte.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Carlos Augusto Ferrari Filho, Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

Membro da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre (SPPA)

Publicado

14-12-2017

Como Citar

Ferrari Filho, C. A. (2017). Odeio, então, existo! Fanatismo, uma linguagem (possível?) ao narcisismo de morte. Revista De Psicanálise Da SPPA, 24(3), 571. https://doi.org/10.5281/sppa revista.v24i3.333

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)